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Festival de Jazz do Amazonas
por:
redação
Julho 2008

Em sua terceira edição o Festival Amazonas Jazz consolida-se no calendário cultural amazonense. A marca registrada deste evento tem sido a de oferecer entretenimento e cultura em alto nível, através de apresentações, oficinas e palestras. Do “mainstream” ao frevo, da nossa música indígena ao Caribe, da vanguarda nova iorquina à música brasileira de todos os quadrantes, de artistas a estudantes locais, foram tantos os que já por aqui passaram e participaram em apenas duas edições anteriores que nos dá a sensação de que o festival já existe há muito tempo. A programação acadêmica, por outro lado, apresentou workshops que se constituíram por vezes em verdadeiros concertos comentados. Contudo, a programação paralela do Festival Amazonas Jazz, não se cingiu apenas a oficinas sobre música. Nas duas primeiras edições, foram abordados temas tão variados como Jornalismo, Teatro e Artes Plásticas bem como Técnicas de Sonorização e Captação de Áudio. Este ano oferecemos pela primeira vez oficinas profissionalizantes em Reparo e Manutenção de Instrumentos, abrindo assim novas perspectivas profissionalizantes para os nossos jovens.

Em 2008, o Festival Amazonas Jazz trará músicos de uma região até agora não representada nos anos anteriores. Da Escandinávia vem o compositor dinamarquês Thomas Clausen. A vanguarda do jazz será representada desta vez por um quarteto liderado por Vijay Iyer, músico de ascendência indiana, radicado em Nova Iorque. Também direto da “Meca” do jazz, apresentamos a música do saxofonista Vincent Herring e seu quarteto, representando a vertente central do jazz, o “mainstream”. No ano em que a bossa nova completa 50 anos, apresentamos três grupos que representam a continuidade da sua renovação: Celso Pixinga Bossa Jazz, Marcel Powel Trio, (filho do lendário Baden) e Trio Corrente, na formação instrumental, por excelência, consagrada pela bossa nova: piano, baixo e bateria. A novíssima safra do jazz, nacional e internacional, foca dois jovens músicos: o trompetista Daniel d’Alcântara com seu sexteto e o guitarrista norte-americano Mike Moreno, ambos acompanhados por nomes dos mais proeminentes da novíssima geração do jazz. A música da América Central faz-se presente com o grupo cubano Juego de Manos, temperando o Festival com seu sabor “caribeño”.

Na segunda noite prestamos homenagem ao artista que internacionalmente é sinônimo de música instrumental brasileira: Hermeto Paschoal. Já o enceramento ficará a cargo de uma dinastia. Sinatra é o nome. Rendendo homenagem ao legado de seu pai, Frank Sinatra, Jr encerra o 3º Festival Amazonas Jazz acompanhado de uma “big band” que por anos acompanhou “The Voice” e apresentando os arranjos que imortalizaram o nome.

Se em edições anteriores, o FAJ abordou Artes Plásticas e Teatro com palestras e exposições relacionadas com a temática jazzística, este ano, a Dança será a arte em destaque. Para tanto, contaremos com a participação conjunta da Amazonas Band com o Corpo de Dança do Amazonas, associando-se em uma composição de Ed Sarath - Rites of Passage - originalmente gravada por Michael Brecker e Dave Liebman. A coreografia baseia-se em um rito de passagem Tikuna, a festa da Moça Nova. Rui Moreira assina a coreografia para o Corpo de Dança do Amazonas atualmente sob direção de Monique Andrade. Este é o programa que lhe oferecemos. Sem a sua participação, caro espectador, tudo seria em vão. Por isso, agradecemos por sua presença e desejamos a todos um ótimo festival.


Artistas da Maritaca na Terceira Edição do Festival Amazonas Jazz

Maritaca Quintet
Apresentação Thomas Clausen e Quinteto Maritaca
Dia: 25 de Julho de 2008
Local: Teatro Amazonas
Hora: 21h00 min


O interesse de Thomas Clausen pela música brasileira levou-o a formar o Quinteto Maritaca, que conta com a participação de músicos brasileiros radicados em Londres, Copenhaguen e São Paulo. Quinteto Maritaca: Thomas Clausen - Pianista, compositor e arranjador; Teco Cardoso - Saxofone, flauta; Léa Freire - Flauta, composições; Fernando Demarco - baixo; Afonso Corrêa - bateria, percussão.

Thomas Clausen

Thomas Clausen - Pianista, compositor e arranjador

Thomas Clausen estudou piano e composição na Real Academia de Música da Dinamarca. Foi no lendário clube de jazz Montmartre, em sua Copenhaguen, que travou conhecimento e tocou com a nata do jazz de Dexter Gordon a Miles Davis, de Elvin Jones a Dizzy Gillespie, passando por Gary Burton, Stan Getz, Joe Henderson e Chet Baker, além de Lee Konitz, Phill Woods, Jan Garbarek e muitos, muitos outros. Considerado hoje um dos mais importantes e influentes jazzistas europeus, possui 16 discos gravados e assinou trabalhos para a prestigiosa Danish Radio big band, além de inúmeras obras para ballet, teatro, orquestra sinfônica, coral e diversas formações de jazz, de trios a orquestras.



Léa Freire

Léa Freire - Flautista e Compositora

Flautista e compositora ouvia desde cedo eruditos brasileiros como Guarnieri, Villa Lobos, Radamés Gnattali e Souza Lima entre outros, durante seus estudos de piano, onde também conheceu a obra de Bach, Debussy e os muitos autores estrangeiros. Também se interessou pelo rock and roll e depois o jazz, que a trouxe de volta para a bossa nova, que chamou o choro e que mostrou o caminho para os inúmeros ritmos brasileiros. Agora começa uma nova etapa - a de unir o popular ao erudito - o formalismo à improvisação, com sotaque brasileiro. Já tocou com muita gente: Alaíde Costa, Filó Machado, Nelson Ayres, Marlui Miranda, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Djamandu Costa, Evandro (bandolim), Rosinha de Valença, Arrigo Barnabé, Itiberê Zwarg, Nenê, Nailor "Proveta Azevedo", Nico Assumpçâo, Elton Medeiros, Manezinho da Flauta, Guilherme Vergueiro, Michel Freidenson, Thomas Clausen, Leny de Andrade, Bocato, Guello, Mozar Terra e muitos outros, representantes das mais diversas tendências musicais. Tem parcerias com Joyce, que gravou músicas da dupla no Japão, Alemanha, Inglaterra e Brasil. Lançou seu primeiro CD, Ninhal, em Dezembro de 97, gravado no período de 94 a 96 através do selo Maritaca, onde constam participações especiais da Banda Mantiqueira, Quarteto Livre, Joyce, Filó Machado e muitos outros músicos de primeira linha, entre músicos, arranjadores e compositores. Em 1998 integrou-se também ao grupo de Teco Cardoso, com o qual fez várias apresentações, inclusive na Universidade de Miami e no Blue Note de Nova York, montando com este um repertório que gerou o CD "Quinteto", gravado em Nova York, em Outubro de 98, e lançado em Novembro de 99, que contou com Benjamim Taubkin (piano), AC Dal Farra (bateria) e Sylvio Mazzucca Jr (contrabaixo).

Workshop Percepção Aplicada à Improvisação - 25/07
Local: Teatro Gebes Medeiros
Hora: 09h00min
Com Léa Freire flautista renomada e compositora de destaque, Léa desde muito cedo passou a se interessar pela música, especialmente pelos compositores eruditos como Heitor Villa-Lobos Radamés Gnattali e outros. Inventiva e inovadora, a instrumentista lançou em 2005, os trabalhos Antologia da Canção Brasileira - vol. 1 e Antologia da Canção Brasileira - vol. 2 em parceria com o trombonista Bocato, dois grandes destaques daquele ano como melhores CDs lançados.

Apresentação Trio Corrente - 25/07
Local: Teatro Amazonas
Hora: 19h30min


Trio Corrente

Trio Corrente

“Corrente: não a que aprisiona, mas a que flui. Esta e a nossa musica: brasileira na essência, livre, improvisada. Das longas formas do choro aos standards, sem abrir mão do suingue.” Assim define sua musica este trio formado por três jovens instrumentistas brasileiros: Fábio Torres, Paulo Paulelli e Edu Ribeiro. Em 2005 o Trio lançou Corrente, cd que imediatamente atraiu a atenção do publico interessado em musica instrumental pela sutileza e refinamento presentes nas composições e na suprema técnica individual de cada um dos instrumentistas. O grupo tem se apresentado em diversos festivais mundo afora e seus integrantes possuem vasto currículo trabalhando com diversos nomes da primeira linha da musica brasileira e internacional de Arturo Sandoval a Johny Alf, passando por Toninho Horta, Arismar do Espírito Santo, Rosa Passos e muitos outros até Paquito d’Rivera, Chico, Caetano, Menescal. Fábio Torres, formado pela ECA/USP, venceu em 1993 o III Premio Nascente na categoria de Musica Popular e foi um dos finalistas do Premio Visa de Musica Instrumental em 1998. Edu Ribeiro, formado pela UNICAMP, exerce hoje docência em instituições de nível superior.

Workshop O Trio na Música Instrumental Brasileira - 25/07
Local: Teatro Gebes Medeiros
Hora: 10h30min
O Trio na Música Instrumental Brasileira - com membros do Trio Corrente: formado por Edu Ribeiro (bateria), Fábio Torres (teclados) e Paulo Paulelli (baixo), o trio é especializado em ritmos brasileiros, como samba e choro, além de músicas autorais, que misturam o charme de outros tempos com um toque de modernidade. Os membros do Trio Corrente já participaram de gravações com outros grandes nomes da música brasileira como Ivan Lins, Leny Andrade, Johnny Alf, Paulo Moura, João Donato e Toquinho.

Vinícius Dorin

Vinícius Dorin - Saxofonista e flautista

Vinícius Dorin um mestre do instrumento de sopro, é atualmente integrante da banda "Mantiqueira", renomada pelo repertório diversificado de jazz, MPB, samba e choro. Além disso, o músico faz parte da formação do projeto "Hermeto Pascoal e Grupo".

Workshop Saxofone com Vinícius Dorin - 23/07
Local: Teatro Gebes Medeiros
Hora: 10h30min
Em sua oficina, Vinícius Dorin abordará a rotina de estudo do saxofone na música popular. Assim, serão enfocadas questões inerentes à produção de sonoridade, respiração, controle da coluna de ar, articulação e improvisação. Um dos mais interessantes aspectos a serem abordados por Dorin, dirá respeito à maneira como o seu fraseado improvisacional conjuga jazz e música brasileira, baseado na sua experiência como saxofonista de um dos maiores ícones da história do gênero, Hermeto Paschoal.

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