Fundação Cultural de Curitiba
- 21/01/2005
Autor: acessoria de imprensa
Fonte:
www.fccdigital.com.br

"Léa Freire traz a Curitiba o melhor da Música Instrumental Contemporânea"

Ela percorre o terreno da música erudita com a mesma maestria e habilidade com que assimila a essência da música popular e a insere ao seu trabalho. A flautista, compositora e arranjadora Léa Freire consegue abrandar a distância entre os dois mundos: une o popular ao erudito com perfeita harmonia, superando as diferenças e atrelando a improvisação ao formalismo.
´A música instrumental é como um quebra-cabeça; a gente vai montando as peças e vai formando belezas´, diz Léa, durante uma aula na Oficina de Música de Curitiba. Para os entendedores, ela define: ´a música instrumental é o número 1 dos doze meios tons´.
Léa ouviu, desde muito cedo, músicos eruditos brasileiros como Guarnieri, Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Souza Lima. Aos sete anos, ouvia sua mãe tocar Debussy e logo depois conheceu a obra de Bach e outros autores estrangeiros durante os estudos de piano. A respeito do público que ainda não sabe como entender a música sem palavras ela dá um conselho: ´O som ambiente urbano contemporâneo, esse ruído extremo, atrofia os nossos ouvidos. É preciso haver uma preparação da alma para ´ouvir´ e entender as estórias contadas por meio da música´, diz Léa.
Léa Freire passeia por todos os ritmos da música brasileira, inclusive o choro, especialidade que tocou várias vezes em encontros com a aclamada dupla Izaías e Israel Bueno, membros do mais antigo grupo instrumental de São Paulo com formação original. ´A música instrumental é minha paixão; não foi opção, foi amor que nasceu naturalmente´, afirma.
Formada pela Berklee School, de Boston, a flautista e compositora foi professora de diversos instrumentos e solfejo na escola do Zimbo Trio. Léa já tocou com inúmeros artistas, como Alaíde Costa, Hermeto Pascoal, Cauby Peixoto, Djavan, Rick Pantoja e Leny Andrade. Tem parcerias com Joyce, que gravou músicas da dupla no Japão, Alemanha, Inglaterra e Brasil. Em 1997, Léa Freire lançou seu primeiro CD, ´Ninhal´, com participação da Banda Mantiqueira, Quarteto Livre, Joyce e Filó Machado; ano em que lançou o selo ´Maritaca´, que privilegia a música instrumental. ´O ´Maritaca´ nasceu quando percebi que músicos maravilhosos não tinha espaço e não conseguiam registrar nem distribuir seus trabalhos´, diz Léa Freire. Atualmente o selo possui 17 títulos.
Em 1998, ela integrou-se à banda de Teco Cardoso, com a qual fez várias apresentações, inclusive na Universidade de Miami e no ´Blue Note´ de Nova York. Neste mesmo ano, gravou o CD ´Quinteto´, nos Estados Unidos, e o lançou, em novembro de 1999, pelo selo ´Núcleo Contemporâneo´ com a participação especial dos músicos consagrados, Benjamim Taubkin, ao piano e AC Dal Farra na bateria.
Léa Freire é uma das instrumentistas brasileiras mas requisitadas para compor arranjos para cd´s e shows. Para ela, ser arranjadora é como um brinquedo novo. ´Há milhões de combinações possíveis para elaborar um arranjo. A dificuldade maior é escolher a melhor possibilidade´, conclui.

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