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Amilton Godoy e Léa Freire
Entrevista: Programa Alta Fidelidade

Os instrumentistas e arranjadores Amilton Godoy e Léa Freire vieram ao CCSP participar da edição de abril da série Alta Fidelidade. Na entrevista abaixo eles falam sobre o álbum “Amilton Godoy e a música de Léa Freire”, no qual Godoy interpreta ao piano 11 composições escritas por Léa, além de comentar sobre o concerto Música instrumental brasileira, que apresentam na Sala Jardel Filho do Centro Cultural no dia 19/4.


Créditos
Produção: Álvaro de Souza e Nelson de Souza Lima
Apresentação: Nelson de Souza Lima
Edição: Álvaro de Souza
Técnico de som: Eduardo Neves
Fotografia: João Silva
Fonte: www.ccsplab.org


A OCAM faz 20 ANOS !
A ORQUESTRA DE CÂMARA DA ECA/ USP comemora seus 20 Anos inaugurando seu plano de assinaturas com o melhor da Temporada 2015


06 concertos de uma programação arrojada
01 ensaio aberto eletrizante com Lenine (exclusivo para assinantes)
Garanta já o seu lugar !!!
Tickets for Fun - OCAM - 20 ANOS - TEMPORADA 2015
Venda de Assinaturas: www.ticketsforfun.com.br
OCAM Facebook | Produção Cultural: Andréa Costa

Teatro CETIP – Instituto Tomie Ohtake
Um Ponto de encontro entre as Artes Plásticas, o Teatro e a Música !
www.cetip.com.br | TEMPORADA 2015
Direção Artística: Maestro Gil Jardim
Convite Virtual


Neste Sábado 19/04 às 21h o Sesc Belenzinho abre as portas para o lançamento do álbum:
"Amilton Godoy e a Música De Léa Freire".
Na apresentação o pianista irá interpretar as 11 composições de Léa ao lado da flautista, pianista e violonista. "A ideia do CD surgiu quando Léa quis registrar suas composições instrumentais e resolveu convidar um músico que tivesse jogo de cintura suficiente para encarar um repertório criativo, bom de se ouvir e que foge o tempo todo do óbvio ou de repetições burocráticas. 'Não é fácil encontrar músicos que transitem por tantos gêneros e com tanta propriedade', elogia Léa."
Mondo Pop

Abrindo 2014 como uma das grandes parcerias da música instrumental brasileira, o projeto vai além: Todas as partituras foram disponibilizadas:

Download Partituras PDF
A coisa ficou russa.pdf
Brincando com Theo.pdf
Caminho das Pedras.pdf
Choro na Chuva.pdf
Copenhague.pdf
Labirinto.pdf
Mamulengo.pdf
Mare.pdf
Nove Luas.pdf
Turbulenta.pdf
Vento em Madeira.pdf
Songbook Léa Freire.pdf


Com o troféu. Fabio Torres, Edu Ribeiro e Paulo Paulelli: o melhor álbum de jazz latino

Após prêmio, chove na horta do Trio Corrente
Únicos brasileiros a levarem estatuetas na festa, eles viram interesse em shows aumentar e enfim farão uma turnê.

O conjunto paulistano de jazz Trio Corrente, que ganhou o Grammy de melhor álbum de jazz latino anteontem (em parceria com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera, no disco Song for Maura), deve fazer turnê em maio e outubro com o repertório do álbum, segundo informou ontem o francês Jacques Figueras, queproduziuotrabalho.
Figueras diz que ainda não tem nada confirmado, mas o Grammy fez chover gente interessada em apresentações do trioeeleacabadeganharumedital para fazer 5 shows nos Centros Culturais da Caixa em Curitiba e Brasília. “É só achar a data na agenda do Paquito”, afirmou. Song for Maura concorria em duascategorias: melhor soloi mprovisado e melhor álbum de jazz latino. Fábio Torres (piano), Edu Ribeiro (bateria) e Paulo Paulelli ( baixo) são frequentadores assíduos de casas como o Jazz nos Fundos, em São Paulo. Lançado em julho de 2013 pelo selo Sunnyside / Paquito Records, Song for Maura recebeu nova prensagem e estará disponível aqui emfevereiro. A parceria entre Paquito e o Trio Corrente nasceu no Festival Jazz e Blues de Guaramiranga, no Ceará, em 2010. A gravação do disco ocorreu em 3 dias, em outubro de 2012, e o nome do álbum é uma homenagem a Maura, mãe de Paquito, um expatriado cubano que detesta o regime castrista. Paquito toca clarineta e sax alto no disco. As composições originais são todas de D’Rivera, Fabio Torres (arranjador de 11 das 13 faixas do disco) e Edu Ribeiro.Obaixista Paulelli fez o arranjo da música Tem Dó. O álbum traz também releituras de standards como Chorinho para Você, Sonoroso ou 1X0. Recebeu elogios de publicações especializadas internacionais, como a Jazz Times. O Trio Corrente era o único representante brasileiro no Grammyeste ano e passou a integrar um grupo fechado de brasileiros que detêm a estatueta da indústria da música: antes deles, ganharam prêmios artistas como Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tom Jobim e outros. Por ver possibilidades musicais entre eles, o francês Figueras foi à luta e conseguiu convencer Paquito D’Rivera a se apresentar com o trio. “Antes de escutar as gravações do Trio Corrente, fui contatado uns anos atrás por seu manager, Jacques Figueras, um francês abrasileirado, que me chamou para dividir o palco com eles. Respondi que tinha tido péssimas experiências com músicos desconhecidos, e por tanto gostaria de viajar com meu próprio grupo”, contou Paquito D’Rivera. Mas seu pianista, Alex Brown, ouviu a conversa e atestou a qualidade do Trio Corrente. “Então chamei Figueras novamente, e o resultado é uma série de shows internacionai se agora este disco, minha melhor homenagem ao Brasil e no mesmo tempo, um canção de amor à memoria da linda Maura, minha mãe.” Figueras também produzirá o show do cantor Gregory Porter em São Paulo, no dia 4 de junho, na Sala São Paulo, dentro da série beneficente Concertos da Tucca. Porter, Grammy de melhor vocalista de jazz, virácomo trio do pianista Jacky Terrasson ecoma cantora Cécile McLorin.

O Estado de São Paulo
por: Jotabê Medeiros
São Paulo, 28.01.2014


Em seu novo disco, Amilton Godoy gravou 11 temas de Léa Freire

Estado de Minas: www.divirta-se.uai.com.br | por: Kiko Ferreira | MG 06/01/2014

Trabalho foi gravado sem truques nem invenções desnecessárias. Álbum virtual vem com partituras.

Um teste interessante para saber se o Brasil tem chance de sair das trevas musicais da grande imprensa, que Léa Freire chama de “idade mídia”, é como serão lembrados e comemorados, em 2014, os 50 anos de fundação do Zimbo Trio, o mais longevo combo musical do país. Como teste, basta avaliar como será tratado e recebido o CD em que líder e fundador do trio relê a obra de Léa.

'Amilton Godoy e a música de Léa Freire' é uma rara oportunidade de ouvir o pianista sem baixo e bateria e sem a urgência necessária dos arranjos do Zimbo, prova de que é possível ser impecável tecnicamente e viável comercialmente em mais de 50 discos com repertório variado e o mesmo rigor nas interpretações sem sobras nem dobras. O Amilton solo faz justiça aos termos com que a autora dos 11 temas se refere a seu estilo: um “pianista feliz” que entende e dribla as “maldades musicais” de uma compositora que exige muito de seus intérpretes, num estilo em que “não existe impaciência nem ansiedade”.

A complexa simplicidade da obra de Léa Freire pode ser entendida pela trajetória da musicista, que começou estudando piano, passou para o violão e se tornou uma excelente flautista autodidata. Tocou rock, samba, jazz e MPB; foi influenciada tanto por Guarnieri, Villa-Lobos e Jobim como por Jackson do Pandeiro, Moacir Santos e Batatinha. Fundadora do selo Maritaca, já produziu mais de 40 discos de alta qualidade, tem álbuns antológicos com o trombonista Bocato, com Guilherme Vergueiro e muitos outros artistas de música adulta e, recentemente, fundou o ótimo quinteto Vento em Madeira, com dois elogiados discos lançados.

O disco, que sai junto com um álbum virtual de partituras, foi gravado sem truques nem invenções desnecessárias pelo músico Rafael Altério, num clima de tranquilidade semelhante ao do 'Triz' de Sérgio Santos, André Mehmari e Chico Pinheiro. O mais interessante do CD é perceber como algumas músicas (incluindo a que nome ao grupo) já gravadas pelo Vento em Madeira são (re)vistas por ótica que não rivaliza com o registro original e fornece mais elementos para apreciar o talento de Léa como compositora.

Rádio UOL: Amilton Godoy e a Música de Léa Freire | Partituras para Download



QUINTETO VENTO EM MADEIRA - LANÇAMENTO DO CD BRASILIANA



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Vento em Madeira
Rádio do Centro Cultural SP - Entrevista Léa Freire
SP 08/12/2011

"A música, em essência, é uma conversa trazida em ondas sonoras, é uma troca de vibrações assopradas em nosso ouvido, é vida transmitida de pessoa para pessoa." Léa Freire (foto)

Ouça mais Léa Freire aqui e aqui. Escute também Edu Ribeiro aqui.


A flautista e compositora Léa Freire - Foto: Marcilio Godoi

Léa Freire e sua flauta mágica

Rádio Cultura
Todos os Sons: entrevista
www.culturabrasil.com.br
por: Lia Machado Alvim
SP 13/05/2011

Vento em madeira foi o título que a flautista e compositora Léa Freire criou para seu primeiro tema sinfônico há quatro anos.

Mesmo com uma carreira que começou no final da década de 1970, interrompida por 11 anos e retomada nos anos 1990, foi essa composição que se tornou “a cara” da artista. Agora intitula o quinteto que formou para apresentar um novo trabalho, o CD Quinteto Vento em Madeira. O grupo é Léa (flautas), Teco Cardoso (sax e flautas), Tiago Costa (piano), Edu Ribeiro (bateria) e Fernando Demarco (contrabaixo), além da participação especial de Mônica Salmaso (vocais).

Em uma conversa informal, Léa Freire contou como suas primeiras composições ganharam letra de Joyce sem ao menos se conhecê-la; porque abandonou a música por 11 anos e sua felicidade não somente com o novo trabalho, mas também com uma semana de shows e workshops que realizou no novo espaço de música da cidade, o Núcleo Contemporâneo.

Quinteto Vento em Madeira traz 10 faixas, a maior parte assinada pela própria Léa e outras por Edu Ribeiro (“10:31”), Tiago Costa (“Viva Júlia”), Teco Cardoso (“Frango no trevo”) e, ainda, Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso (“Luz negra”), única faixa com letra do disco, na voz de Mônica Salmaso.


A Alma do Instrumental
O Estado de São Paulo
por: Lucas Nobile
SP 24/05/2011

Com quase 40 anos de carreira, Léa Freire ganha merecido tributo


Quando começam a homenagear assim, a gente tem que começar a se preocupar”, brinca Léa Freire, acostumada com a rotina de um país que presta tributos a seus artistas apenas quando eles partem daqui ou estão perto de morrer. Este, definitivamente, não é o caso da flautista, compositorae arranjadora nascida em São Paulo. Aos 54 anos, ela segue em plena forma musical e ganha homenagem na Casa do Núcleo. No centro cultural idealizado pelo pianista Benjamin Taubkin, a flautista inaugura o projeto Residência na Casa com a Semana Léa Freire, de quinta até domingo, apresentando-se com diferentes formações marcantes em sua carreira e uma exposição iconográfica, que contará sua trajetória com fotografias, matérias de jornais e revistas, capas de discos, catálogos de seu selo Maritaca e vídeos. Assunto não falta para a exposição e para as apresentações que Léa fará no centro cultural. Afinal, em 2012 ela completa 40 anos de uma carreira que – embora tenha acompanhado artistas de grande nome, como Alaíde Costa, Arrigo Barnabé e Hermeto Pascoal – construiu-se naturalmente com especial devoção à música instrumental. “Sempre vai ser difícil fazer e viver de música instrumental no Brasil, mas nunca estamos sozinhos. Sempre tem alguém para levar essa tocha adiante. Na oficinas que tenho feito pelo País inteiro, vejo um interesse enorme dos jovens pela música, principalmente os adolescentes, quando encasquetam com algum instrumento, aí é aquela obsessão típica da idade. É bonito ver isso, largam até o videogame”, diz Léa.
Nesse sentido de compartilhar com os outros sua bagagem acumulada, Léa dará duas oficinas de percepção musical, amanhã e quinta-feira, com duas horas de duração, novalorde R$ 10.
Essa parte da percepção é o que eu acho de mais importante para eles. Tem muito aluno começando querendo praticar aqueles exercícios de técnica. Eu acho válido, mas quero ensinar que música não se faz só com os dedos, mas com os ouvidos”, conta.

Léa Freire
"Música se faz com ouvidos, não com dedos"
Diferentes formações. Na semana dos merecidos tributos, Léa se apresentará com três dos grupos mais relevantes de sua trajetória artística. Na quinta e no domingo, ela toca como Quinteto Vento em Madeira, com quem acaba de lançar um disco homônimo.
Na sexta, ela divide o palco com Bocato, com o qual ela lançara dois belos álbuns em 2005 (Antologia da Canção Brasileira Vol. I) e 2006, comum segundo volume. “Esse encontro também foi muito bom. Nele, decidimos gravar umas baladas, um repertório mais dolente, que é muito mais difícil de tocar, não tem como enganar. Com o andamento lento, qualquer errinho aparece”, diz Léa sobre o encontro com o trombonista paulista que dispensa apresentações. Já no sábado, a flautista se apresenta com o Quinteto, grupo com o qual registrou um disco de mesmo nome, em 1999, em Nova York. Na formação, músicos que sempre estiveram presentes no caminho de Léa, como Teco Cardoso (sax e flauta), Benjamin Taubkin (piano), AC Dal Farra (bateria) e Pichu Borelli (baixo).

TIME FORA DE SÉRIE E TEMAS ORIGINAIS

O rigor da tradição camerística europeia e a informalidade da alma brasileira. Quando essas duas características musicais se combinam na medida certa, somadas a composições criativas e de bom gosto, o resultado é um disco capaz de tocar diferentes pessoas em qualquer lugar do mundo. Isso é o que ocorre com o disco homônimo que acaba de ser lançado pelo Quinteto Vento em Madeira. Formado inicialmente para interpretar as composições do álbum Cartas Brasileiras, de Léa Freire, em formação menor, acabou-se chegando a um time de instrumentistas, compositores e arranjadores fora de série. Com Léa (flautas), Teco Cardoso (sax e flauta), Edu Ribeiro (bateria), Tiago Costa (piano) e Fernando Demarco (contrabaixo), em nove temas o grupo mapeia o Brasil, passeando com extrema naturalidade por seus diversos gêneros e estilos. O quinteto não se restringe às fronteiras continentais do País, revelando também a bela composição Copenhague, dedicada ao pianista dinamarquês Thomas Clausen. Com temas próprios, como 10:31, Choro na Chuva, Frango no Trevo e a joia rara Vento em Madeira, além de Luz Negra (Nelson Cavaquinho), o grupo demonstra entrosamento e precisão absurdos, sem deixar de ser emotivo. E ainda conta com a luxuosa e indispensável participação de Mônica Salmaso em quatro faixas. / L.N.

Casa do Núcleo - Semana Léa Freire
R. Padre Cerda, 25, Alto de Pinheiros SP
Informações: www.casadonucleo.com.br


Casa do Núcleo apresenta Semana Léa Freire
Dicas musicais da semana - Ed. 80
Boletim produzido por: Nelmar Rocha.
23/05/2011

De "quarta" 25/05 a Domingo 29/05, Shows, Oficinas e Exposição iconográfica
mostram as várias atividades da flautista, compositora, arranjadora
e produtora paulista Léa Freire

Léa Freire
Para expor os vários aspectos da vida e obra da flautista, compositora, arranjadora e produtora paulista Léa Freire, a Casa do Núcleo inicia o projeto Residência na Casa com a Semana Léa Freire, que, de "quarta-feira" (25) a Domingo (29), trará shows, oficinas e exposição iconográfica sobre a carreira da artista.
Uma das figuras mais influentes da música instrumental brasileira, Léa Freire, em quase 40 anos de carreira, a completar em 2012, vem realizando um trabalho significativo ao agrupar nomes da música instrumental, seja pelos trabalhos artísticos que criou, seja pelo seu selo Maritaca, que já lançou mais de três dezenas de discos, com repercussão internacional.
Benjamim Taubkin, idealizador da Casa do Núcleo, explica a escolha de Léa para ocupar a Casa do Núcleo:Ela sempre foi uma grande musicista. Mas o mais surpreendente foi acompanhar o seu desenvolvimento nestes últimos treze anos. Em um momento em que a maioria dos músicos se sente satisfeito com suas conquistas, Léa despertou para um nível mais profundo e criativo, como compositora e arranjadora. Seus últimos trabalhos, são de uma consistência, beleza e execução muitos especiais. E de alguma forma, são fonte de renovação e evolução desta linguagem. Ao inaugurarmos este projeto de Residência, em que homenageamos músicos que são para nós referência, ficamos felizes em ter em nossa Casa esta grande artista”. Benjamim Taubkin

Casa do Núcleo - acesse a progarmação
R. Padre Cerda, 25, Alto de Pinheiros SP
Informações: www.casadonucleo.com.br


Show de Lançamento do livro "Jurupari" de Paulo Freire
31/05 Terça às 20h - Sesc Consolação - Teatro Anchieta

Jurupari é um romance violeiro e mitológico com o pé na estrada.
O livro conta a história de um violeiro em formação cruzando o Brasil a pé, de ônibus, barco, caminhão - de tudo quanto é jeito -, sendo guiado pelos mitos, pela música e pela descoberta do amor.

Paulo Freire: Uma vez escutei de meus filhos: “Pai, desdá o nó do meu sapato”. Pronto, era exatamente o que vinha pensando enquanto elaborava este livro.
Em Jurupari, um jovem músico em formação viaja para descobrir sua arte. Esse descobrir tem a função do “desdar” que as crianças inventaram. Ou seja, tirar de cima de nossa terra o que está amontoado, atrapalhando a visão, e revelar a nossa história.
É assim que surgem os mitos brasileiros, guiando os personagens e apurando as descobertas.
Procurei aqui colocar em prática minha experiência de violeiro, contador de histórias e pesquisador de nossos mitos, narrando da forma como aprendi com os mestres e buscando a verdade, para que Jurupari volte a frequentar nosso imaginário.

SESC Consolação - Teatro Anchieta
R. Dr. Vila Nova, 245 Vila Buarque - São Paulo SP • Convite Virtual
tel.: 11 3234.3000 • www.sescsp.org.brwww.paulofreire.com.br

Ingressos: R$ R$ 10,00 [inteira]; R$ R$ 5,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]; R$ R$ 2,50 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]. Livre para todos os públicos


O vento soou na madeira
Diário do Comércio
por: Aquiles Rique Reis
São Paulo, 20.05.2011

Vento em Madeira
A cena na música instrumental brasileira está ainda mais rica com o lançamento do CD Vento em Madeira (Maritaca). Para gravá-lo, Teco Cardoso (sax e flautas) e Léa Freire (flautas) partiram de um trabalho dela, Cartas Brasileiras (2007), produzido por ele. O álbum, um profundo panorama de música instrumental feita em São Paulo nos últimos tempos, contou com mais de 60 músicos.
E Léa e Teco se defrontaram, então, com o primeiro desafio: montar um quinteto que teria como meta reproduzir a sonoridade obtida por aqueles 60 músicos do disco anterior - um trabalho libertário e, ao mesmo tempo, rigoroso. Instigados pela real dificuldade da realização do objetivo, em meio a dúvidas, mas estimulados por elas, nasceu o Quinteto Vento em Madeira, integrado por Léa e Teco, mais o baterista Edu Ribeiro, o pianista Tiago Costa, e o contrabaixista Fernando Demarco. E como se não bastasse, há um sexto "instrumento", convidado muito especial em quatro das nove faixas, a voz de Mônica Salmaso.
Músicos de altíssimo gabarito, dispostos a recriar um amplo retrospecto da música instrumental contemporânea, os cinco se debruçam sobre o repertório: oito temas de autoria de Léa, Teco, Edu e Tiago, e Luz Negra, uma das mais magistrais de Nelson Cavaquinho, parceria com Amâncio Cardoso. Os temas instrumentais, nos quais prevalece um amplo espectro de ritmos, foram orquestrados de modo a fazer deles uma mostra do que a versatilidade e a competência dos músicos podem realizar.
Segundo desafio: um ano de ensaios. Tempo para que arranjos e composições fossem burilados, até que estivessem prontos para serem tocados, sem o auxílio de partituras. A interpretação, assim, deu-se de maneira solta, contundente. "Copenhague" esplica o quanto isso é verdade: um tema lento, com momentos de dissonâncias, começa com as flautas baixo e sol dando o toque de tacitumidade pedido pela linda melodia. Logo elas dão vez ao piano. O baixo e a bateriatocam delicados. Flautas e piano acentuam a tristeza, levando-a a um ponto de raro esplendor.
Cantada por Mônica Salmaso, Luz Negra é o encanto em versos. A harmonia deixa de lado a original, buscando um jeito novo de entender o gênio de Nelson Cavaquinho, e o início do arranjo é dedicado a improvisos - em que o sax brilha. Para dar início ao canto, o piano sola e logo o sax vem tocar melodia, já agora com o apoio do baixo e da bateria. Deus do céu! Nelson aplaudiria.
O resultado é um trabalho da mais alta categoria musical. As performances são uma mostra do quanto valeram as dezenas de ensaios - cada instrumento tirou o melhor de seu instrumento . Mesmo quando a composição era de difícil execução, tal intimidade permitia que ela soasse de maneira simples. Ainda que a sofisticação harmônica pudesse levar a crer em algum grau de dificuldade de compreensão, o jeito como o quinteto toca a torna acessível.

Lançamento: 20/05 às 21h no SESC Pompeia
Rua Clélia, 93, Pompeia SP - Teatro
Ingressos:de R$ 4,00 a R$ 16,00


Grupo faz show no SESC Pompeia, na Sexta-feira 20/05 às 21h
Dicas musicais da semana - Ed. 79
Boletim produzido por: Nelmar Rocha.
16/05/2011

Quinteto Vento em Madeira mostra composições autorais e clássicos da MPB

Vento em Madeira Quinteto
O Quinteto Vento em Madeira faz show de
lançamento do CD, homônimo, no SESC Pompeia.

Léa Freire (flauta), Teco Cardoso (sax e flauta), Tiago Costa (piano), Fernando Demarco (contrabaixo) e Celso Almeida (bateria) se apresentam na sexta-feira (20), às 21h.
O trabalho traz oito composições próprias, entre elas, Choro na Chuva, Mamulengo, Frango no Trevo, além do clássico Luz Negra, de Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso, que tem participação especial de Mônica Salmaso.

20/05 às 21h no SESC Pompeia
Rua Clélia, 93, Pompeia SP - Teatro
Ingressos:de R$ 4,00 a R$ 16,00




Vento em Madeira no Vinilo
www.clubedejazz.com.br
Setembro 2010

Vento em Madeira Quinteto
Léa Freire y Teco Cardoso tienen una sociedad musical duradera y productiva, iniciada en los años 70, en el CLAM (escuela de música del Zimbo Trío). Esa sociedad ya rindió varios frutos y los más importantes son: el cd "Quinteto", resultante de la gira del primer CD de Teco, "Meu Brasil", el cd "Cartas Brasileiras" de Léa Freire, donde Teco fue el productor musical y el cd "Waterbikes", grabado en Dinamarca con el renombrado pianista Thomas Clausen. Teco (Núcleo Contemporáneo), y después Léa (sello Maritaca), se envolvieron en la creación de sellos independientes, dedicados al músico y a la música brasilera.

"Vento em Madeira", quinteto formado por el piano elegante de Andrés Beeuwsaert, el contrabajo preciso, y fundamental, de Fernando Demarco que volvió a Brasil después de una larga temporada viviendo en Europa, más la batería/percusión poli rítmica y creativa de Edu Ribeiro, que también contribuye como compositor para el quinteto, esas maderas sumadas a los vientos de las flautas de Léa Freire y dos saxos y flautas de Teco Cardoso, ambos también contribuyendo como compositores. Invitada especial en voz: Mónica Salmaso y Liliana Herrero (viernes) y en guitarra: Juan Quintero (sábado). Un trabajo autoral que también revisita y homenajea algunos maestros como Moacir Santos (Samba di Amante) y Nelson Cavaquinho / Amãncio Cardoso (Luz Negra).

Data: 17/09/2010 a 18/09/2010
Local: Café Vinilo: Gorriti 3780 (Entre Salguero y Bulnes) - Palermo
Horário: Viernes y Sábado, a las 21h30.
Entrada: $45. Tel.: 4866-6510
www.cafevinilo.com.ar
www.myspace.com/ventoemmadeira

Vento em madeira visita Córdoba por primera vez el jueves 16 de setiembre.
www.diaadia.com.ar
por: Redacción Día a Día
11/09/2010

El grupo de música instrumental de Brasil estará en Córdoba el 16 de setiembre,
en el nuevo auditorio de Luz y Fuerza. Tenemos 3 pares de entradas que sortearemos el lunes 13.

Vento em Madeira Quinteto
El quinteto brasilero Vento em madeira viene a Córdoba por primera vez el jueves 16 de setiembre, y Día a Día sortea tres pares de entradas para que presencies el show de este grupo de música instrumental de Brasil.

Vento em madeira estará en el nuevo auditorio de Luz y Fuerza Regional Córdoba, Sala Luis Gagliano (Jujuy 29), desde las 21.

Componen el grupo Lea Freire (flautas, arreglos y dirección), Teco Cardoso (flautas y saxos), Andrés Beeuwsaert (piano - invitado especial), Fernando Demarco (contrabajo), Edú Ribero (batería), y la invitada especial Mónica Slmaso (voz).

Las entradas anticipadas se pueden adquirir en disquería Edén, a 46 pesos.

Para participar, completá con tus datos el formulario que está debajo de esta nota. El lunes 13 de setiembre a las 16 haremos el sorteo. Los ganadores retirarán sus entradas en la oficina comercial (Maipú 51). Participar del concurso



Vento em Madeira
vos.lavoz.com.ar/
por: La Voz
Septiembre 2010

El grupo de música instrumental de Brasil se presentan en el nuevo
auditorio de Luz y Fuerza.

El quinteto brasilero está integrado por Lea Freire (flautas, arreglos y dirección); Teco Cardoso (flautas y saxos); Andrés Beeuwsaert (piano, invitado en lugar de Tiago Costa, habitual pianista del grupo); Fernando Demarco (contrabajo) y Edú Ribero (batería). Invitada especial: Mónica Salmaso (voz), tocan en el Nuevo auditorio de Luz y Fuerza Regional Córdoba, Sala Luis Gagliano.

Interpretan un trabajo autoral, que además de sus propias composiciones y arreglos, re-visita sólidamente obras maestras de la música del Brasil. Entrada general $ 46, en disquería Edén. Convite Virtual

Lugar: Auditorio de Luz y Fuerza
Dirección: Jujuy 29 Centro
Localidad: Córdoba Argentina
Jueves 16 de septiembre 2010 - Hora: 21 - Costo: $ 46


Músicos chilenos y brasileros comparten escenario en concierto de Vento em Madeira
www.latercera.com
por: La Tercera
10/09/2010

El quinteto se presentará en Chile por primera vez, y tendrá como cantante invitada a Francesca Ancarola.

Todo comenzó hace más de un año, cuando la cantante, compositora chilena, y profesora de la Escuela de Arte de UDLA, Francesca Ancarola, visitó la casa de la afamada compositora, flautista y multiinstrumentista Léa Freire, en São Paulo, oportunidad en la que no sólo se generaron lazos de amistad, sino que también Ancarola compuso la letra para el tema Temperança (templanza), dedicada a la cantante argentina Liliana Herrero.

En la actualidad, esa misma colaboración traerá a Chile a Léa Freire, quien se presentará en nuestro país junto a su grupo de jazz contemporáneo, Vento em Madeira, gracias a una invitación que le hizo la Escuela de Arte de UDLA, dirigida por Horacio Valdeavellano.

Durante la presentación Francesca Ancarola será músico invitada, oportunidad en la que complementará algunas de las melodías de Vento em Madeira.

Esta será la primera actuación de Freire en Chile, pese a que su música orquestal ya ha llegado a países como Estados Unidos, bajo la batuta de Branford Marsalis, y ha recorrido Europa.

Cabe destacar que Vento em Madeira está compuesto por Teco Cardoso, en el saxofón, Fernando Demarco, en el contrabajo, Edu Ribeiro, en la batería, y en esta oportunidad por el argentino Andrés Beeuwsaert, en el piano. Según Ancarola, "Vento em Madeira" logra crear temas que se mueven entre la música docta y la popular contemporánea, imprimiéndole un sello bastante particular a las composiciones que realizan.

Vento em Madeira se presentará junto a Francesca Ancarola este lunes, 13 de septiembre (2010), a las 19:00 horas, en el Teatro El Zócalo de la sede Providencia de UDLA, ubicado en Antonio Varas 880. Convite Virtual




The Post and Courier
www.postandcourier.com
Pianist plays from heart
by: Adam Parker
Sunday, January 10, 2010

Brazil native blends folk influence with energy of jazz

Heloísa Fernandes
Heloisa Fernandes, hunched over a piano keyboard and concentrating on her playing, mesmerized audiences at Spoleto Festival USA, where she made her U.S. debut in 2008.

Fernandes, a classically trained piano prodigy from Sao Paolo, Brazil who is making her reputation as an innovative interpreter of her country's folk music, recently released her second CD, "Candeias." Managed by Michael Grofsorean, producer of Spoleto's Wachovia Jazz Series, Fernandes evokes old Brazil while simultaneously creating a new, shimmering, lyrical and textured sound that contains something of Brazil's soul and much of the pianist's heart.

At the root of "Candeias" is the anthropological work of Mario de Andrade, who led an expedition in 1938 to document the music of Brazil's indigenous tribes and its communities of African origin. Fernandes, assisted by bass player Zeca Assumpcao and percussionist Ari Colares, begins with these folk songs, adding structure, rich layers of musical texture, fantastic moments of improvisation and jazz's grand sense of possibility.

Perhaps more than anyone else in a country whose popular music is often made with the voice, percussion, guitar and flute, Fernandes is offering the piano as a lead instrument. She made an impression with her first release, "Fruto." With playing so lavish and heartfelt, blending ideas with mood, it is difficult not to take notice.

Q&A with Heloisa Fernandes
A conversation between Heloisa Fernandes and Post and Courier writer Adam Parker

www.heloisafernandes.com


Revista Cover Guitarra
Bahia de Todos as Cordas
por:
Fábio Carrilho
Dezembro 2009 nº 176

Jurandir Santana produz ótimo álbum instrumental combinando a liberdade jazzística com ritmos brasileiros. Na sua função gêneros baianos como o ijexá e o samba duro não ficaram de fora

Jurandir Santana
A música brasileira deve muito aos baianos. Atualmente, a associação imediata que fazemos à produção musical deste Estado remete ao som dos tambores e dos ritmos de blocos afro como Ile Ayê, Araketu e Olodum. Incrível pensar que desta mesma Bahia saíram ícones de linhagens tão díspares como Dorival Caymmi, João Gilberto, Caetano Veloso, Raul Seixas, isso sem contar Dodô e Osmar, criadores do trio elétrico.

Quanto o assunto é guitarra, a dívida com os baianos é ainda maior. Basta pensarmos na revolução criada por João Gilberto com a sua batida de violão e visão harmônica revolucionárias ou então na genial fusão do rock com música brasileira de virtuoses como Armandinho e Pepeu Gomes. A “escola baiana de guitarra”, felizmente, segue ativa e bem representada por músicos como Jurandir Santana. Só Brasil é o nome do álbum instrumental que o guitarrista lançou recentemente. Formado basicamente por composições autorais, este ótimo trabalho prova que existe um imenso território a ser explorado no jazz brasileiro por meio da incorporação de ritmos locais tradicionais. Cover Guitarra bateu um papo com Santana, que falou deste lançamento e da sua maneira pessoal de fazer música
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Revista Modern Drummer
O Discurso Musical de Edu Ribeiro
por:
Vlad Rocha e Abner Paul
colaboração:
Cristiano Rocha
Novembro 2009 - nº 84

Beteristas Competentes e atuantes existem aos montes. Bateristas com aquele algo a mais, uma assinatura, um discurso musical profundo e embasado, são poucos. Edu Ribeiro é um deles. Dos bailes aos palcos internacionais - seja com artistas brasileiros ou estrangeiros, como o pianista Brad Mehldau, com quem tocou recentemente -, Edu faz música na bateria. Com maestria.

Confira esta entrevista com um músico virtuoso que não está preocupado em "parecer" virtuoso, como diria a musicista Léa Freire.

MD: Você vem acompanhando o guitarrista Chico Pinheiro já há algum tempo em turnês pela Europa e Estados Unidos. Junto a ele, recentemente você teve a oportunidade de tocar com o pianista Brad Mehldau. Como foi sua preparação para este trabalho?

Edu: O Chico é um grande amigo querido. Gravei todos os discos dele, inclusive uma demo que fizemos de trio que nunca foi lançada. Em algumas épocas do ano nos encontramos para estudar juntos quase que diariamente. Isso faz com que tenhamos uma intimidade legal quando tocamos. Um já sabe muito bem o que esperar do outro, embora ele sempre me surpreenda. Para esta participação com o Brad, em especial, recebi algumas partes do repertório que seria tocado com as gravações e procurei conhecer mais a fundo seu trabalho. Gosto de fazer isso quando vou tocar com uma pessoa que admiro muito — mergulhar no seu trabalho para entender um pouco melhor como ela pensa a música. Isso faz com que você fique mais atento e entenda melhor o que está acontecendo no momento em que está tocando. Quando nos encontramos ele foi tão gentil que parecia que nos conhecíamos há anos. É impressionante conhecer uma pessoa assim, uma espécie de gênio da música, e perceber que é uma pessoa normal, que fala dos filhos, estuda e gosta muito de música. Esses shows que ele e o Chico dividiram contavam ainda com a participação da Luciana Alves (cantora), do Doug Weiss (baixista) e da cantora Fleurine, esposa do Brad.

MD: Com o Trio Corrente você interpreta clássicos da música popular brasileira em arranjos cheios de polirritmias e compassos ímpares. Como conseguiu essa total liberdade e entrosamento com os músicos para executar e compor os arranjos do disco?

Edu: Adoro tocar com o Trio Corrente. Acabamos de voltar de uma turnê pela Europa em setembro. Foi a primeira vez que tocamos com esse trio fora do Brasil e a resposta do público foi excelente.
Nós três pensamos de forma parecida e podemos tocar coisas completamente deslocadas um do outro que “quase” sempre sabemos aonde o outro vai chegar. O Fábio Torres (pianista) e o Paulo Paulelli (contrabaixista) têm uma consciência de tempo e da forma da música que nos dá total liberdade para experimentar enquanto tocamos juntos. Os arranjos são elaborados quase sempre em cima de coisas que experimentamos enquanto improvisamos.
Lembro-me de que, quando o Paulelli trouxe o arranjo do Triste, do Jobim, pela primeira vez, parecia que não estava entendendo o que ele queria dizer, era completamente torto e fora do padrão. Conforme fui conhecendo o seu jeito de tocar e improvisar, ficou muito mais fácil entender os seus arranjos.

MD: Antes de vir para São Paulo (de Florianópolis SC), você tocou bastante em bailes. Como foi essa época? O que você aprendeu?



Revista Modern Drummer
Edu Ribeiro do Brasil para o Mundo
por:
Vlad Rocha e Abner Paul
colaboração:
Cristiano Rocha
Novembro 2009 - nº 84

Revista Modern Drummer - Nov 2009
"Nas rodas de músicos costuma-se dizer que a bateria é a "dona da casa" dentro do grupo - qualquer que seja o número de componentes. A este instrumento cabe "receber" os outros integrantes da banda, como bom anfitrião, e "conduzi-los" durante a música em questão.
O bom anfitrião te recebe com elegância, escuta e responde, tem um cardápio variado de assuntos, quitutes, bebidinhas, sabe quando falar, calar. O bom anfitrião faz você querer voltar sempre. Nada pior que ir a uma "festa" onde ninguém te dá a mínima, a comida é ruim, a bebida acaba...

No caso, "elegância" é a intimidade com o instrumento, as "horas de voo" do instrumentista, a técnica; "assuntos" se refere à harmonia, composição, arranjo, produção, gravação, ética, gentileza; "cardápio" à cultura musical e geral, ou seja, conhecer várias formas de música, do Brasil e do mundo, seja popular, erudita, ou qualquer outro rótulo que se queira dar (e não só sobre música - diga-se - saber sobre outros assuntos sempre acrescenta); "quitutes e bebidinhas" à criatividade que transforma toda a música com intenções e cores diferentes, e também aos sabores que identificam o cidadão e suas origens, sua cultura, sua geografia, sua história.
Mais que um exímio baterista, Edu Ribeiro é um grande anfitrião. Tenho uma admiração irrestrita por esse moço, que é capaz de me surpreender a cada vez que tocamos juntos. As "festas" na casa do Edu são sempre ótimas.

Além de excelente condutor - os sabores originais dos ritmos estão sempre presentes -, ele também sabe o momento exato de deixar o som voar, como no futebol na hora do lançamento - todo mundo esperando pra ver aonde aquela bola vai cair! (A palavra inglesa play quer dizer tocar, mas também quer dizer brincar). E seus solos têm sempre a ver com a melodia, o chorus, o tema, o assunto de que se está falando. Ele tem uma fluência e uma elegância enormes, uma variedade impressionante de assuntos, está sempre ouvindo o que você diz, faz comentários, se diverte, te surpreende, faz você tocar melhor, faz você querer tocar melhor.

Foto: Kristian Knack
O Edu toca para a música. Ah, como isso faz diferença! Certamente um virtuoso, ele não está preocupado em "parecer" virtuoso. Ele toca o que a música pede e vai aonde a música o leva. Ele pensa nisso, testa várias opções, aceita e melhora sugestões, está sempre aprendendo e ensinando.
O Edu afina os tom-tons no tom, escolhe os pratos para cada tema, sugere acordes, sugere formas diferentes, afinal "o divino mora nos detalhes", fica óbvio que ele adora o que faz, toca com e por paixão - e isso contagia os sons dos quais ele participa. Por isso tudo todo mundo quer tocar com ele.
É um dos bateristas mais requisitados, com razão e por merecimento.
Tocar com o Edu Ribeiro é um prazer e uma honra. Obrigada, menino." Léa Freire



www.musicabrasileira.org
Heloísa Fernandes "Candeias"
by:
Kees Schoof
September 2009

CD Candeias
Some four years ago I ended my review of Heloísa Fernandes' debut album Fruto (2004) with an impatient curiosity about the pianist's next project. It took a while, but the result even surpasses the high expectation that I dared to cherish in my musical wishes.

The pianist/composer from São Paulo (for biographical notes, please visit the review page of Fruto) didn't "just" record a follow-up. Heloísa Fernandes managed to deliver a masterful piece of music that was preceded by some serious research in Brazil's folkloric musical heritage. On the album Fruto it was easy to notice that the pianist combines a very personal style with warm influences from the rich Brazilian music tradition. It must be part of Heloísa Fernandes' talent, since she sublimated her interest in the roots of Brazilian music by a year of intensive studying. The basis of the study was the book "Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos" (Melodies Recorded by non-Mechanical Devices) by anthropologist Mário de Andrade, published in 1946. In that book De Andrade and his erudite research team transcribed during the period 1936-1938 no less than 570 folkloric songs from various parts of Brazil, creating a valuable source of basic Batuque, Cateretê, Caboclinho, Praiá and other folkloric rhythms and styles. The almost forgotten or unconventional conserved music was thus made available for further exploration. And that's exactly what Heloísa Fernandes pursued in her linked up project "Melodias do Brasil: Identidade e Transformação" in which she completely absorbed the anthropologic music and its historical atmosphere. It all served as an inspiration for Heloísa's compositions that we hear on Candeias. The album doesn't serve as a history class but more as a class in how history can form the basis of contemporary music. Music connects to people and people connect to their ancestors. This CD is the reflection of that.

Heloísa Fernandes
Heloísa chose to work with bassist Zeca Assumpção and percussionist Ari Colares, two musicians who were prominent present on Fruto as well. The three instrumentalists complement each other in a non competitive way, totally dedicated to the essence of the music they perform. The opening "Rebuliço" is a perfect example of this. The percussion can be interpreted as an enlightening illustration of the, at moments, dazzling but always melodic rhythmic forces Heloísa lays down, while the bass offers a restful guideline. Close listening unfolds part of this special magic between the musicians which makes it even more interesting to listen to the rest of the album; a perfect introduction! The majestic theme of "Catirinha" reflects the image of long forgotten dances. In a nostalgic way the pianist musically analyses every part of her composition for us, changing moods in an almost classical way. It's really amazing to hear how grateful music benefits from a perfect control of the instrument. It's the best way to describe the unique quality of Heloísa Fernandes' talent. | www.heloisafernandes.com



Revista Guitar Player - nº 162
Arismar do Espírito Santo
por:
Heverton Nascimento
Outubro de 2009

Arismar do Espírito Santo
São mais de 30 Anos "Quebrando tudo", como ele mesmo diz. O bom humor e a espontaneidade do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo afloram num bate papo da mesma maneira que em sua música, Ele toca guitarra e violão, contrabaixo, piano e bateria com extrema qualidade, como se cada um destes instrumentos fosse o único ao qual se dedica. Puro talento, com o qual já rodou o mundo acompanhando grandes nomes da música instrumental mundial ou como solista principal. Japão, Europa, Argentina, Uruguai, Estados Unidos e por aí vai.
Sempre para cima, Arismar passa a impressão de não haver "tempo ruim" para ele. E é verdade. Basta dar uma olhada na lista de nomes com quem já tocou: Hermeto Pascoal, Toninho Horta, César Camargo Mariano, Sebastião Tapajós, Jane Duboc, Raul de Souza, Hélio Delmiro, Roberto Sion, Dominguinhos, Dory Caymmi, Heraldo do Monte, Lenine, Joyce, Paquito D'Rivera, João Donato, Leny Andrade, Maurício Carrilho, Paulo Moura, Naná Vasconcelos, Roberto Menescal, Banda Mantiqueira, George Benson, entre muitos outros. Além disso, ele tem projetos em andamento como o álbum "Essa Maré", em que junto com o guitarrista Leonardo Amuedo, interpreta composições de Ivan Lins. Outra novidade é o tema "Santos x Corinthians", registrado com Thiago Espírito Santo (baixo) especialmente para o CD Guitar Payer 2009. A seguir Arismar fala de seus projetos e sua música.

Como surgiu a ideia desse trabalho com Leonardo Amuedo?
Eu conheci o som do Léo mas nunca havia tocado com ele, até que certa noite, no Drink Café, Rio de Janeiro, na gig do Paulinho Trompete, nós demos uma canja juntos. No dia seguinte, encontrei Rodrigo Villalobos, da Rob Digital, e conversamos do som legal que havia rolado. Ele comprou a ideia de gravarmos juntos.

Vocês decidiram tocar Ivan Lins porque Leonardo Amuedo é sideman dele?
O Léo toca com ele a dez anos, mas a decisão de gravarmos Ivan Lins foi sonora! Em nunhum momento recorremos a partituras, pois os temas soam como standards para nós.

Ivan Lins é muito respeitado e já foi gravado por vários nomes internacionais. A ideia foi fazer um registro diferenciado?
Não, a ideia foi fazer um som juntos! Os temas do Ivan são um brinde à música contemporânea.

Quem cuidou dos arranjos?
Eu e o Léo fizemos os arranjos. Criamos algumas introduções e finais, sempre respeitando o requinte e a beleza das músicas. O corpo do som, se formou no estúdio - ao vivo e em cores.

Como foi o trabalho de pré-produção? Vocês dois se encontraram ou fizeram as partes separadamente?
Não teve nada disso! Nós nos encontramos duas vezes para "bater uma bola" e escolher os temas. No estúdio foram três sessões.

Quais foram os equipamentos usados?
Usei um ótimo Giannini de sete cordas, minha Ibanez GB-10 de estimação e meu Fender Jazz Bass 1969 "velho de guerra". Numa das faixas, toquei um violão de cordas de aço do Léo, mas não lembro a marca. Uso cordas D'Addario e amplificadores AER.

Arismar e Thiago Espírito Santo
Ouça: Santos x Corinthians

Quais são seus outros projetos atuais?
Acordo cedo e toco o dia inteiro! Estudo bateria pela manhã assistindo ao José Trajano e Eduardo Monsanto na ESPN Brasil. Depois, toco guitarra e piano, além de ficar compondo ou testando sons. Os próximos projetos são o CD do Duo Espíritosanto, a gravação de um disco com Glauco Solter, Sérgio Coelho e Gabriel Grossi, com temas do Dorival Caymmi e um trabalho em parceria com Liliana Herrero, grande cantora argentina. Devo também ir ao Uruguai para participar de um projeto de música na rua, que reúne músicos de vários países. Vou ainda dar cursos de música em Itajaí, Curitiba e Cariri. Além, é claro, de tocar, tocar e tocar...

Você gravou a música Santos x Corinthians para o CD Guitar Player. Qual a idéia desse tema?
Sou santista e o Thiago é corintiano. Tocarmos juntos foi como se estivéssemos em um campo de futebol. Um jogo entre amigos: quando um ataca o outro defende. Sempre com muita energia, harmonia e sem qualquer rivalidade. Um verdadeiro clássico onde o espírito esportivo e criativo impera e quem ganha é o ouvinte.
O Thiago e eu começamos a gravar o trabalho do Duo Espíritosanto. O repertório tem de tudo: samba de gafieira, baião, xote, bolero com jeitão de balada... Já faz algum tempo que esse Duo tem se apresentado. O Thiago toca baixos de seis e quatro cordas, violão de seis cordas e guitarra. Toco violão de sete cordas, meu baixo Jazz Bass, guitarra e piano. Já temos cinco faixas gravadas e esperamos lançar até o fim do ano. Feliz é o homem que improvisa !



Arismar (ao centro) em Show de lançamento do disco "Essa Maré", no Sesc Vila Mariana.
A apresentação contou também com Proveta (clarinete) e Leonardo Amuedo (guitarra)
Fotos: Ení Cunha


www.diariodopara.com.br
Kiko Farkas assina a arte de capa
por:
Edgar Augusto
Belém, 02.07.09

Violeiro Paulo Freire lança Livro-CD. O sétimo disco do violeiro e compositor Paulo Freire tem o patrocínio da Petrobras e mostra doze temas instrumentais baseados em mitos populares. Sua edição prima pelo luxo. Para que se tenha uma ideia, vem em forma de Livro-CD. É que, também bom escritor, Freire escreveu algumas estórias sobre os mitos, coisas como "Serpente emplumada", "Cunhado de lobisomem" e "A dança dos tangarás".

Posteriormente as musicou para o álbum nas companhias de Nailor Proveta, Bocato, Lea Freire e Toninho Ferragutti. Como resultado, obteve uma festa da melhor música brasileira instrumental / regionalista, até porque também embarcaram, na mesma viagem, Toninho Carrasqueira, Walmir Gil, François de Lima, André Mehmari e Guello. A luxuosa apresentação do lançamento pode até inibir um pouco sua procura. Livros-CDs, afinal, não estão nas prateleiras das lojas todos os dias. Mas o preço que vem sendo pedido não subiu. Tentem achá-lo.


O Estado de São Paulo - Caderno 2
Paulo Freire transforma mitos brasileiros em som
por: Lauro Lisboa Garcia
01.07.2009

Com shows hoje (01/07) e amanhã (02/07), violeiro lança o livro e CD Nuá, que tem Bocato, Léa e Tuco Freire, Proveta, Toninho Ferragutti, André Mehmari e outros convidados

Paulo Freire
Foto: Valéria Gonçalves /AE
“Vai ouvindo.” É assim que o violeiro Paulo Freire costuma chamar a atenção do interlocutor em partes-chave dos causos que conta. O bordão é também o nome do selo pelo qual vem editando seus discos. O mais recente é NuáAs Músicas dos Mitos Brasileiros, CD e livro que ele lança com dois shows hoje (01/07) e amanhã (02/07) no Sesc Consolação. Bom de música, de escrita e de contação de história, Freire une as três coisas com maestria. Esta não é sua primeira experiência na área. O Canto dos Passos (1988), o primeiro de seus seis livros, foi o que abriu espaço para a música, como elemesmo diz em seu site (www.paulofreire. com.br). Zé Quinha e Zé Cão (1993) e Lambe-Lambe (2000) tinham suas trilhas sonoras correspondentes. O CD Vai Ouvindo (2003) foi todo composto sobre referências literárias.“ Sempre me interessei pela mitologia brasileira. Desde que comecei a tocar viola sempre busquei essas histórias, não de uma forma profissional,mas por gosto mesmo”, diz o paulistano Freire. Léa Freire assina os arranjos de quatro faixas, as outras nove são distribuídas entre o próprio Freire, Bocato, Nailor Proveta, Paulo Braga, Toninho Ferragutti, Tuco Freire, o grupoSonax, que trabalha com “esculturas sonoras”, e outros. Além deles, participam como instrumentistas André Mehmari, Nenê, Teco Cardoso, Mané Silveira, Toninho Carrasqueira, Luiz Guello, Rubinho Antunes, Walmir Gil e outros mais. É um desfile de feras para acompanhar os ponteios da viola de Freire e dar vazão a altos voos instrumentais. Nuá, como diz a antropóloga Betty Mindlin no posfácio do livro, é uma “viagem” divertida, que se caracteriza “pela malandragem, pelo prazer com o corpo e a sexualidade”. Explica-se. Em todo lugar por onde Freire passou, ouviu essas histórias que adaptou sempre acompanhadas de tiradas de humor e sacanagem. “Tem a versão dos mitos que contam para crianças, que não entram nesses detalhes”, explica. O pau com que o Curupira bate nos detratores da natureza é o próprio órgão sexual dele. Curupira, aliás, é uma das faixas mais, digamos, experimentais do CD e tem arranjo de Bocato, que, segundo Freire, é a cara do personagem. “O Curupira é bravo, doido, anda pra frente mas tem os pés virados para trás. Bocato tem a coisa da tradição, mas tem sempre olhado para a frente”, compara. “A Dança dos Tangarás tinha de ser para o Proveta, é passarinho. As coisas mais delicadas ficaram com a Léa (O Segredo das Veredas, Lagoa Encantada, Nuá e Fogoso). Paulo Braga gosta muito de cachorro, então dei pra ele arranjar Cunhado de Lobisomem.” Freire diz que procurou criar músicas mais simples até do que nos outros discos. Mas não fez um álbum tradicional de gêneros comuns à viola caipira, que toca em todas as faixas. Ele que já levou a viola ao rock em Vai Ouvindo, compôs em Nuá temas que têm a ver com os ritmos característicos de cada região onde ouviu cada história. A música veio junto com elas. Teiú do Jarau veio do Rio Grande do Sul, ele então tentou fazer uma milonga. O coco de viola, que é mais do Nordeste, aparece em Serpente Emplumada. No show ele vai contar algumas histórias inteiras, outras em resumo, e tocar oito faixas do CD. Freire diz que fica em dúvida se essa forma de juntar música com literatura faz muito sentido comercialmente. “As pessoas reclamammuito, desde lojista até o pessoal da imprensa, que uma coisa atrapalha a outra. Mas não consigo desvencilhar uma coisa da outra.”


O Estado de São Paulo - Caderno 2
Proveta mostra o passado e o futuro de um instrumento
por: Francisco Quinteiro Pires
01.07.2009

Saxofone Brasileiro registra os múltiplos papéis de um novato
na história musical

Nailor "Proveta" Azevedo
Quem É Você? é o nome de um choro menos conhecido de Pixinguinha. Quem é você? é a pergunta de Nailor Proveta a um jovem instrumento de sopro, da família das madeiras, que aportou no Brasil, difundindo-se no começo do século passado. A resposta à interrogação está em Saxofone Brasileiro (Acari, R$ 25).“Um trabalho de preservação da música brasileira: ao mesmo tempo que aponta novos caminhos, ele não pretende mudar nada da tradição”, diz o clarinetista e saxofonista Proveta, há 40 anos no ramo. A ideia do projeto nasceu do contato de Proveta com os violonistas Mauricio Carrilho e Paulo Aragão. Durante um ano, debateram à exaustão o “conceito” do disco, gravado em duas semanas, com a participação de cerca de 30 músicos, entre os quais Cristóvão Bastos (piano), Luciana Rabello (cavaco) e Sizão Machado (contrabaixo). O segredo, diz Proveta, mora no equilíbrio: o choro exige a precisão da música erudita e a malandragem da música popular. “Equilibrar essa concepção – ter controle, mas sem asfixiar o humor –, dando espaço a cada instrumento, e não só ao saxofone, foi uma loucura”, diz. “Tem faixas em que atuam mais de dez músicos, e achar um lugar para cada um foi mesmo desafiador.” Segundo o saxofonista nascido em Leme, no interior do Estado, as formações mais enxutas podem sugerir “certezas mecânicas” às interpretações. O negócio foi experimentar novos caminhos, dados por instrumentação que as composições não previam. No CD, Proveta toca três tipos de sax: soprano, alto e tenor. E cria diferentes formações: banda, regional, coreto e música de câmara. A intenção é mostrar as funções do saxofone na música instrumental brasileira: do solista ao acompanhante. Quem É Você? é a primeira das 12 faixas. Apresenta Pixinguinha (1897-1973), sax tenor que tornou clássicos os contracantos no choro e elo entre solistas e instrumentos de corda. Um dos primeiros a trazer os ax para o choro, Anacleto de Medeiros (1866-1907) aparece em Implorando, um cschottisch. Proveta chamou Luís Americano (1900-1960), autor de Linda Érika, e Ratinho, autor de Saxofone, Por Que Choras?, ambos tocadores de sax alto, para mostrar a característica solista do instrumento, inventado pelo belga Adolphe Sax, nos anos 1840, e cujo timbre mais se assemelha ao da voz humana. Na execução de Ternura, choro de K-Ximbinho, apelido do potiguar Sebastião de Barros (1917-1980), Proveta fez um regional e um coreto dialogarem. Duas composições, Stanatse Moacirsantosiana 5, lembram o pernambucano Moacir Santos (1924-2006). Gravada por Sizão Machado em 2001, a primeira é a homenagem de Moacir ao saxofonista americano Stan Getz. Ela foi arranjada por Proveta a pedido do próprio maestro, quando daprodução de OuroNegro (2001). Ganhando a primeira gravação, a segunda é parte das 16 Moacirsantosianas, compostas por Mauricio Carrilho. O CD contempla o trabalho de não saxofonistas: César Guerra-Peixe (Inclemência), Radamés Gnattali (Caminho da Saudade), Cristóvão Bastos e Paulinho da Viola (Não Me Digas Não). Proveta apresenta duas composições de sua lavra: Choro e Divertimento e Choro de Uma Valsa.


www.nacabeca.com.br
Quinteto Vento em Madeira
por:
redação
Abril 2009

Léa Freire e Teco Cardoso têm uma parceria musical duradoura e produtiva, iniciada nos anos 70 no CLAM (escola de música do Zimbo Trio), que já rendeu vários frutos. Entre eles, os mais importantes são o CD Quinteto, resultante da turnê do primeiro CD de Teco, Meu Brasil (1997); CD Cartas Brasileiras (2007) de Léa Freire, com Teco como produtor musical e o álbum Waterbikes (2008) gravado na Dinamarca com o renomado pianista Thomas Clausen, com elogiosas críticas da imprensa. Além disso, Teco com o Núcleo Contemporâneo e Léa com o seu Maritaca se envolveram na criação de selos independentes, dedicados ao músico e à música brasileira. O show tem participação especial da cantora Mônica Salmaso, que desde sempre esteve ligada a Teco e Léa.

O álbum Cartas Brasileiras acabou tornando-se um panorama da Música Instrumental Paulista Contemporânea, envolvendo mais de sessenta músicos em diversas formações, desde duo de voz e piano a Orquestra Sinfônica completa. Para abrir o CD, foi escolhida a a composição Vento em Madeira, que nos leva a um verdadeiro passeio pelo Brasil. Ficou um desafio: como transpor as novas composições, arranjos e orquestrações para uma formação com menos músicos, mas com as mesmas características?
Nasceu o quinteto Vento em Madeira, formado pelo piano elegante de Tiago Costa, que contribui como compositor e arranjador; o contrabaixo preciso, fundamental e londrino de Fernando Demarco, que retorna ao Brasil após longa temporada morando na Europa; a bateria/percussão polirrítmica e criativa de Edu Ribeiro, que também contribui com composições. São essas madeiras que sentem o vento das flautas de Léa, dos saxes e flautas de Teco, ambos também compositores do projeto. O grupo revisita e homenageia mestres como Moacir Santos (Samba di Amante) e Nelson Cavaquinho/Amâncio Cardoso (Luz Negra).
O Vento em Madeira quer fazer uma música popular e erudita, improvisada e estruturada, um tanto camerística mas com um pouco/bastante das ruas. Algo de aldeia e de global que, ao mesmo tempo em que valoriza nossa tradição vinda do século passado, aponta para um futuro em que atenção, concentração e responsabilidades serão requeridas.
"Encontro de uma invisível e poderosa força como a do vento, atemporal, imaterial, com a sólida e enraizada estrutura da matéria/madeira que também o recicla e reoxigena, Yin/Yang, consonâncias e dissonâncias, vento e madeira".

Formação: Lea Freire (flauta), Teco Cardoso (sax e flauta), Tiago Costa (piano), Fernando Demarco (contrabaixo) e Edu Ribeiro (bateria). Participação especial: Mônica Salmaso

Dia 3 de maio, domingo, às 19h
Ingresso: R$ 30,00 | R$ 15,00
Estabelecimento: Auditório Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 2 do Parque do Ibirapuera
Bairro: Ibirapuera - Cidade: São Paulo SP
Tel.: (11) 3629-1014 / (11) 3629-1075


Jazz Station - Arnaldo DeSouteiro's Blog
CD of the Day - "Vinicius Dorin: Revoada"
por:
Arnaldo DeSouteiro
27.02.2009

Vinicius Dorin: "Revoada" (Maritaca) 2004

One of Brazil's top reedmen, Dorin offers an impressive solo outing, with great contributions by Írio Jr. (on Fender Rhodes), Fernando Corrêa (guitar), Enéias Xavier (bass) and Nenê (drums), plus special guests Hermeto Pascoal (piano & percussion on "Viniciando"), Arismar do Espírito Santo (acoustic guitar on a haunting version of Baden Powell's "Violão Vadio") and André Marques (piano in some tracks and the author of "Serpente").
Dorin's originals are intrincate and challenging tunes. A former member of Pascoal's band, he plays flutes, soprano, alto & tenor sax on this impeccable set. I had the honor to record with Dorin on an album I produced for pianist Edu Toledo, and I can't wait to see it finally released.


Diário do Nordeste
Quinteto à brasileira
por:
Henrique Nunes
Fortaleza, 16.02.09

Maritaca Quintet: desfalcado aqui do saxofonista (e fotógrafo) Teco Cardoso,
em conexão Sampa-Copenhagen

Maritaca Quintet - Dinamarca
Léa Freire (flautas), Teco Cardoso (saxes), Fernando de Marco (baixo) e Afonso Correa (bateria) encontraram no pianista e arranjador dinamarquês Thomas Clausen (16 discos gravados, tocou com Miles Davis, Chet Baker e outros craques) o parceiro para formar há três anos o Maritaca Quintet, alusão à gravadora de Léa. O pianista pirou ouvindo o choro de Maurício Carrilho e Nailor Proveta em Copenhagen e se uniu ao baixista e ao baterista no Brazilian Trio. Em nove anos, Clausen se aproximou cada vez mais da música brasileira, até que veio ao Brasil e conheceu Léa e Teco. Os dois foram levados para a Dinamarca, onde gravaram este ´Waterbikes´, disponível por aqui desde meados de 2008.

São três composições de Léa, cinco de Clausen e mais as releituras de ´Chega de Saudade´ e ´Retrato em Branco e Preto´. O belo encarte perde dois registros: ´Choro´ e ´If you wish´, momentos criativos um tanto díspares, em favor do jazz. Felizmente, ninguém precisa se preocupar, as bicicletas aquáticas que podem representar a imponderabilidade deste encontro circulam com a mesma naturalidade jazzística no ´Samba do Gui-Gui´, de Léa, ou em ´Cultura´, um maracatu sincopado e sofisticado ao samba, de Thomas. Temas enriquecidos pela identidade brasileira e pelo talento de todos. E tem ainda outras bossas, às vezes em um piano elétrico que tem mais cara de samba-jazz, muito jazz: da bossa novíssima ´Rabisco´ (dela) ao deliciosamente discreto ´Alegria´ (dele). Dá pra pedir um ´Bis a Bis´, atendendo à sugestão do choro de Léa. E esperar no festival...


www.comunidadenews.com
Orquestra brasileira encanta público americano

por: Angela Schreiber
12.11.08

Filarmonia Brasileira e o saxofonista Branford Marsalis mostraram o melhor de Villa-Lobos. Abaixo Marsalis mostrou porque é tão respeitado no meio musical.
Branford Marsalis
Photo: Palma Kolansky
O público pediu, e a Orquestra Filarmonia Brasileira, acompanhada do saxofonista americano Branford Marsalis voltaram ao palco. Isto aconteceu duas vezes após o encerramento da apresentação de Marsalis Brasilianos, ocorrida no sábado (8.11.2008), no Lehman Center for the Performing Arts, no Bronx, Nova York. O show foi em celebração aos 40 anos do Lehman College.

Cerca de 400 pessoas ficaram fascinadas com o tom que o Maestro Gil Jardim, à frente da orquestra, deu às obras de Camargo Guarnieri, Darius Mihaud, Lea Freire e, principalmente, à música de Heitor Villa-Lobos.

Os instrumentos de corda, acompanhados do saxofone de
Marsalis, tocaram em perfeita harmonia. Na segunda parte do show, a entrada de instrumentos de percussão marcou o casamento perfeito entre a suavidade da música clássica e os ritmos mais dançantes.

Até mesmo o velho conhecido pandeiro mostrou porque a música brasileira é tão apreciada no mundo inteiro. Junto dele, uma cuíca para mostrar o típico suingue Brasil. Enquanto isso, a percussão se fazia cada vez mais presente, como numa animada marcha.

Trabalho musical incansável
A
Filarmonia Brasileira foi instituída em 1994. Sob a direção artística de Gil Jardim, ganhou rapidamente notoriedade a nível nacional. Isto se deu pela qualidade do trabalho, especialmente pela preservação da obra de Villa-Lobos. Jardim criou a Filarmonia Brasileira com o intuito de explorar a fusão de elementos étnicos e eruditos, tradição tão presente na música brasileira.

Vencedor de três Grammy (Oscar da música),
Marsalis possui um interesse musical diversificado, que vai do jazz ao blues. Seu projeto musical inclui a música clássica. Em 2002, fundou o selo musical Marsalis, com o objetivo de produzir seus próprios trabalhos e de divulgar novos talentos.

O Lehman Center é apoiado pelo New York City Department of Cultural Affairs e pelo New York State Council on the Arts.



A Orquestra Philarmonia Brasileira realizou, a convite da Columbia Artists Management Inc. (CAMI) "29 de setembro a 10 de novembro", uma tournée pelos Estados Unidos, tendo como solista o saxofonista Branford Marsalis, um dos mais renomados saxofonistas americanos da atualidade.
Foram 40 dias de viagem com 28 concertos. A maior tournée nos EUA já realizada por uma orquestra brasileira. O projeto foi anunciando no território americano como "Marsalis Brasilianos, Philarmonia Brasileira Orchestras and Branford Marsalis Soloist" e teve seu repertório montado com obras de Villa-Lobos, Edu Lobo/Chico Buarque, Milton Nascimento, Léa Freire e Darius Milhaud, sob a regência do Maestro Gil Jardim.

Roteiro da Tournée - www.philarmoniabrasileira.com.br


Folha de São Paulo
Bicicletas Aquáticas
por:
Sérgio Molina
26.09.08

1 Folha - Como se deu sua aproximação com a música brasileira?
Thomas Clausen - Por meio de discos do Tom Jobim, Egberto Gismonti, Baden Powell, fiquei interessado pela música brasileira e, em 1989, formei um trio (Thomas Clausen Brazilian Trio) de música brasileira com Afonso Correa (bateria) e Fernando De Marco (baixo) que moravam na Dinamarca (hoje, Fernando mora em Londres.
Comecei a compor utilizando ritmos brasileiros. Assisti também a um show em Copenhagen com o Mauricio Carrilho, o Nailor "Proveta" Azevedo e me encantei com o choro. Naquele dia fui para casa e compus três choros!

2 Folha - Em que aspectos a música instrumental brasileira se diferencia do jazz europeu e norte-americano?
Clausen - A principal diferença está na variedade de ritmos, pois, sob o aspecto harmônico todas são muito ricas.

3 Folha - O CD se destaca pela variedade e sutileza dos arranjos. Como se desenvolveu o processo de criação da sonoridade do Maritaca Quintet?
Léa Freire - Os arranjos do Thomas são interessantíssimos, explorando timbres e construindo melodias "secundárias " - tão importantes quanto a melodia em si - que costuram a harmonia de uma forma muito bonita. Eu e o Teco demos apenas alguns "pitacos" quanto à instrumentação e interpretação.
Meus arranjos nascem de uma profunda intimidade musical com o Teco - tocamos juntos há mais de 30 anos e já sabemos onde e como soamos melhor para cada música.
Como temos muita afinidade com o Thomas - inclusive na formação musical, muito parecida, não é difícil estabelecer uma interação muito boa para cada tema. Fora isso, Fernando e Afonso também contribuiram muito com sugestões de "levada", linhas de baixo junto com o sax ou a flauta, enfim, um trabalho de grupo mesmo.

4 Folha - Além de sax soprano, sax alto e flautas você é também o fotógrafo das imagens do encarte de "Waterbikes". Qual é a origem dessas "bicicletas aquáticas"?
Teco Cardoso - Durante a turnê européia de 2006 na Europa com o Marytak ("tak" em dinamarquês quer dizer obrigado), fui dar um passeio na praia de Copenhagen e lá tirei as fotos que mais tarde foram escolhidas para o CD. Na época comentávamos como era bom e, pouco provável, que estivéssemos fazendo boa música brasileira na Europa com um "viking" que toca e compõe choro, maxixe, samba e outros ritmos brasileiros.
Olhando as fotos, que são oníricas e evocam um meio de transporte igualmente improvável (bicicletas subaquáticas), começamos a estabelecer a relação entre as fotos, a imensidão de água que separa Brasil e Dinamarca, e a nos imaginar como "ciclonautas", chegando ao conceito da capa e do nome do CD. Depois, o designer Marcilio Godoi tratou as fotos com cores, "abrasileirando" a paisagem dinamarquesa. Como temos shows em novembro no Brasil, os ciclonautas ainda vão ficar indo e voltando por um bom tempo!


www.radio.usp.br
Programa:
"Visita Vip" entrevista Léa Freire
por:
Miriam Ramos & Lupércio Tomás
26.08.2008

Tema: Lançamento do CD "Waterbikes" - Maritaca Quintet. Ouça! Prestigie!

Léa Freire


Ouça entrevista na integra

"Trabalho pautado pela sutileza e por detalhes que fogem do óbvio" - Jornal do Brasil

"Um time de primeira" - Correio Popular Campinas

"Maritacas brasileiras e dinamarquesas no mais absoluto entrosamento" - Diário do Pará

"Só não dá para entender de onde surgem as bicicletas. Mas também, com um som desses, quem liga para as bicicletas ?" - Folha de Londrina

"O disco impressiona pela qualidade pura e cristalina do som" - Folha de S. Paulo

Programa " VISITA VIP "
apresentado por Míriam Ramos é um desses programas raros onde o artista se apresenta.
Durante uma entrevista descontraída, os convidados revelam curiosidades de gravações, lançamentos de CDs, shows, mercado musical nacional e internacional e as novidades do mundo da música na internet.
Por abrir espaço à música de qualidade, a Rádio USP FM tornou-se a emissora mais ouvida e prestigiada entre músicos, produtores enfim um público exigente, qualificado e envolvido com arte e boa música brasileira.

A Editora de Cultura Miriam Ramos é jornalista, produtora e apresentadora do Programa VISITA VIP e membro da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) - Categoria Musical. O Programa VISITA VIP da Rádio USP foi criado em janeiro de 2007 e com a dinâmica de programa ao vivo, apresenta aos ouvintes da emissora talentos da Música Brasileira.

Lupércio Tomás
Diretor de rede e apresentador

Rádio USP FM 93,7 MHz - www.radio.usp.br


Jornal de Londrina
Há algo de samba na Dinamarca
por:
Ranulfo Pedreiro
Londrina, 02.09.08

CD lançado pelo Maritaca Quintet revela como a música brasileira
foi incorporada e dominada pelo compositor e pianista Thomas Clausen

Maritaca Quintet - Dinamarca
O compositor dinamarquês Thomas Clausen ficou surpreso quando soube que haveria um show de choro em Copenhagen. Curioso sobre música brasileira ele acompanhou a apresentação com instrumentistas do naipe de Maurício Carrilho (violão) e Nailor Proveta (clarinete). Clausen foi direto para casa e, na mesma noite, compôs três choros.

Em pouco tempo o dinamarquês estava íntimo da música brasileira, tanto que formou o Brazilian Trio com Fernando De Marco (baixo) e Afonso Correa (bateria). Depois de passar por todo o espectro do jazz e tocar com Miles Davis, Dizzy Gillespie, Stan Getz, Chet Baker, Joe Henderson e Dexter Gordon, entre outros, Clausen tornou-se um apaixonado pelo Brasil.

Para se ter uma idéia, Clausen é daqueles músicos que passam 14 horas em cima do piano, sai para escarafunchar discos em sebos, tem uma formação sólida e ficou impressionado com a harmonia brasileira, com a quantidade de acordes que utilizamos em um único compasso.

Em uma de suas viagens para cá, conheceu os instrumentistas Léa Freire (flauta) e Teco Cardoso (saxofone). A integração musical veio com a amizade, surgindo o Maritaca Quintet. O primeiro disco do grupo está saindo no Brasil pela Maritaca (www.maritaca.art.br). Waterbikes foi gravado em 2006 na Dinamarca e se destaca, logo de cara, pela ambientação. Os técnicos do Sun Studio fizeram uma engenharia de som tão apurada que os retoques digitais, comuns na masterização, foram desnecessários.

A música instrumental de qualidade fica às vezes meio perdida, se esgota por falta de misturas, e a música brasileira ainda está se formando, é um campo enorme de descobertas”, explica Léa Freire, em entrevista por telefone.

Waterbikes é um disco de jazz ancorado por ritmos brasileiros e melodias que visitam do choro à bossa nova. Ouvindo, é muito difícil distinguir as músicas de Thomas Clausen do restante do repertório. Trata-se de um músico que não se comporta como um gringo no samba, apresentando um domínio surpreendente de nossa linguagem musical.

A música brasileira não tem registro gráfico, partituras, não tem nada explicado, é um desafio enorme. Os grandes músicos de jazz adoram isso, construir um desafio dentro de uma base que está se movimentando”, comenta Léa Freire.

Waterbikes é justamente o reflexo desse movimento, da improbabilidade de músicos dinamarqueses e brasileiros se encontrarem no universo do choro, do samba, da valsa, compreendendo-se em uma linguagem difícil e ao mesmo tempo rica e espontânea. Ao unir dois mundos, o Maritaca Quintet cria um terceiro, universal para os ouvidos.


Folha de Londrina
Brasileiro, com um toque europeu
por:
Phoenix Finardi
Londrina, 01.08.08

'Waterbikes', o primeiro CD do quinteto Maritaca, une a criatividade de um grupo de músicos
nacionais com a sofisticação do dinamarquês Thomas Clausen, um sinônimo de jazz

O disco tem sambas, maracatu e choro,
além de composições de Tom Jobim e
Chico Buarque
"Cobra d'água, pedra d'água, mundão d'água e agora a bicicleta. Os cientistas disseram que a música se propaga melhor debaixo d'água. Deve ser verdade. Músicos adoram a imagem dessa matéria que interliga tudo, parece tirar a gravidade e, uterinamente, abriga os melhores sonhos. Água é matéria-música. A mágica fica por conta de como se movem em vôo-mergulhão as maritacas brasileiras e dinamarquesas nesse palco submerso de musicalidade. Para explicar, só figurando esse concerto em Copenhagem como um Chagall flutuando no Pantanal. Ou seriam alegres Vikings verde-amarelos atravessando a claridade nórdica com suas bicicletas voadoras?''

O texto de apresentação de ''Waterbikes'' (Bicicletas D'Água) quase que dispensa apresentações. O CD é o primeiro do Maritaca Quintet, que celebra a união de Léa Freire, Teco Cardoso e o dinamarquês Thomas Clausen Brazilian Trio, gravado em apenas três dias de junho num estúdio de Copenhague. O álbum traz sambas, maracatu e choro, além de composições de Tom Jobim. Uma mistura afinadíssima de três visões muito distintas do Brasil: o olhar estrangeiro de Clausen, o olhar saudoso de Afonso Corrêa e Fernando De Marco, brasileiros que moram no exterior, e o olhar atento de Teco e Léa, que vivem, tocam e criam no País.

Mas afinal, quem é essa gente talentosa? Thomas Clausen é sinônimo do melhor jazz da Europa. Tem 16 discos gravados e já tocou com Miles Davis, Joe Henderson, Stan Getz, Dizzie Gillespie e Chet Baker. Arranjador e compositor da Orquestra Sinfônica de Copenhague, é um apaixonado por música brasileira. Em 97 ele formou o Thomas Clausen Brazilian Trio, com o baterista Afonso Corrêa e o contrabaixista Fernando De Marco. Ele assina metade das faixas do CD, inclusive um chorinho que faz a gente jurar que ele é brasileiro.

Léa Freire é flautista. Junto com o saxofonista Thomas Clausen, uniu-se ao Trio para uma turnê pelo Brasil e Europa, em 2006. Foi assim que surgiu o Quinteto Maritaca. Compositora, Léa trabalhou com Alaíde Costa e Arrigo Barnabé. Ela tem três músicas no CD, inclusive a faixa que abre o disco, ''Samba do Gui-Gui'', que cativa a gente logo nos primeiros acordes. Cardoso é integrante do grupo Pau-Brasil e já tocou com Edu Lobo, Joyce, Hermeto Pascoal e João Donato.

O quinteto faz uma releitura de ''Chega de Saudade'', de Tom Jobim, com destaque para as flautas de Léa e Cardoso, que dão uma roupagem quase etérea para a famosa bossa-nova de Tom Jobim. Outra música que está quase irreconhecível é ''Retrato em Branco e Preto'', de Jobim e Chico Buarque, com Clausen no piano e Léa na flauta. Diferente, mas ainda maravilhosa.

O trabalho é sofisticado, mas simples. Os instrumentos não se ''trombam'', não se confundem nem atrapalham. A harmonia entre o piano de Clausen e as flautas, contrabaixo e bateria dos brasileiros é perfeita. Parece coisa nativa, com uma roupagem européia. Criativo como nós, elaborado e bem acabado como eles. Só não dá para entender de onde surgem as bicicletas. Mas também, com um som desses, quem liga para as bicicletas?


Jornal O Estado de Maranhão
Benedito Lacerda Resgatado em Quatro CDs
por:
Zema Ribeiro
São Luís (MA), 29.07.08

Benedito Lacerda (com a flauta na mão) e Pixinguinha
(o mais alto, à direita): talvez a mais frutífera parceria da música brasileira
“Atenção, pois, ouvintes, procurem entender o que vão conversar, por meio de seus instrumentos, o Benedito e o Pixinguinha através deste choro que se chama Cochichando”. A voz de Almirante, entre chiados, apresenta a dupla Benedito Lacerda (flauta) e Pixinguinha (saxofone), durante o programa, Pessoal da Velha Guarda de Almirante, gravado em 8 de outubro de 1947. “Este choro não teve gravação comercial”, anuncia o rico libreto que acompanha os quatro discos da primeira caixa de Será o Benedito?!? (Maritaca, 2006), trilogia musical da obra do polêmico (e genial) Benedito Lacerda.

Divididos cronologicamente, por assunto, os quatro discos da primeira caixa, Benê, o flautista, são Grupo Gente do Morro, Benê & Pixinga e o Regional de Benedito Lacerda (partes I e II) e apresentam várias facetas da obra do “flautista, cantor, chorão, compositor, sambista, carnavalesco, arranjador, polêmico, político, empresário, fazedor, idealista, criador, financista, patrão, letrista, fumante, sindicalista, o branco d’alma preta”.

Benedito Lacerda está para Pixinguinha como Vadico está para Noel Rosa. A primeira relação é injusta: foi Benê, a intimidade que a caixa nos dá, quem tirou Pixinguinha do ostracismo, num dos vários episódios que o luxuoso libreto de 90 páginas traz: Pixinguinha, alcoólatra e com as mãos trêmulas, já não tinha embocadura para a flauta, seu instrumento de origem. Foi tocar saxofone e um “contrato” com Benedito Lacerda os levaram a assinar juntos todas às músicas compostas por um ou outro, dali em diante. A Benê restou à fama de “ladrão” de músicas, quando eles inauguraram um modelo que se tornaria comum com outros nomes importantes da música como Lennon e McCartney ou Roberto e Erasmo Carlos.

Tendo vivido apenas 55 anos, Benedito Lacerda (1903-1958) é, sem dúvida, importantíssima figura resgatada neste projeto patrocinado pela Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Gravou com todas as grandes estrelas da música popular brasileira da época e tocou em mais de mil gravações, entre autor e intérprete. 83 faixas integram os quatro discos desta primeira caixa.

Tendo sido provavelmente o primeiro empresário da música brasileira, enxergando a música como profissão e acabando, por exemplo, com a figura do bêbado no regional, do músico desalinhado ao se apresentar em programas de rádio ou shows - como bem gostava de frisar Jacob do Bandolim -, Benedito Lacerda tem sua obra reeditada de forma pouco preocupada com o mercado: para os produtores, há a necessidade de despertar o interesse dos jovens pela música brasileira, independentemente da idade desta, mas há o interesse em preservar essa obra. Homero Lolito, engenheiro de som que conduziu o tratamento técnico das gravações que compõem “Benê, o flautista”, explica que “optou-se por manter a máxima integridade sonora dos instrumentos e das vozes originais. (...) Então optamos pelo chiado”.

O projeto de resgate da obra musical de Benedito Lacerda deve ter continuidade em breve, com o lançamento das outras duas caixas, “Benê, o criador” e “Benê, o fazedor”, abordando outras facetas deste importante, curioso e polêmico personagem da música brasileira.


www.ig.com.br
Thomas Clausen é convidado do Sesc Instrumental...
por:
Redação iG Música
29.07.08

Thomas Clausen
Thomas Clausen e Quinteto Maritaca é a atração do programa Sesc Instrumental desta terça-feira 29/08. A apresentação será realizada a partir das 19h no Sesc Paulista, em São Paulo.

O pianista dinamarquês Thomas Clausen conta com uma sólida carreira na Europa com 16 discos lançados. No Brasil, o músico se apresenta no formato de quinteto, batizado de Maritaca. No grupo estão Afonso Correa (bateria), Fernando de Marco (contrabaixista), Teco Cardoso (saxofone e flauta) e Léa Freire (flauta). A apresentação conta com composições próprias, além de músicas de Léa Freire, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

O projeto Sesc Instrumental é dedicado à música instrumental em suas diversas vertentes e acontece periodicamente nas unidades do Sesc em São Paulo. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Sesc Paulista uma hora antes do início.

Clique aqui para assistir ao vivo ao show, que será transmitido em tempo real a partir das 19h. Depois da apresentação, o pianista participará de um bate-papo com os internautas, das 20h às 21h.


www.ejazz.com.br
Maritaca Quintet - Lançamento do CD Waterbikes
por:
redação
28.07.08

SESC Avenida Paulista
Maritaca Quintet - Lançamento do CD Waterbikes 29/07/08 Terça 19h
Av. Paulista, 119 Paraíso - São Paulo SP - Tel.: (11) 3179 3700 - www.sescsp.org.br
Grátis (Retirar ingressos com uma hora de antecedência)

Léa Freire e Teco Cardoso se unem ao dinamarquês Thomas Clausen Brazilian Trio, formam o Maritaca Quintet e lançam o CD Waterbikes
Álbum traz dez temas, composições próprias de Léa e Thomas e clássicos como ‘Retrato em Branco e Preto’ e ‘Chega de Saudade

Sinônimo do melhor jazz na Europa, o pianista dinamarquês Thomas Clausen estudou piano e composição na Academia Real de Copenhague (Dinamarca) e, com 16 discos gravados, tocou com os mais renomados músicos, como Dexter Gordon, Miles Davis, Joe Henderson, Stan Getz, Dizzie Gillespie e Chet Baker. Arranjador e compositor, requisitado, entre outras, pela Orquestra Sinfônica de Copenhague e Big Band da Danmarks Radio, recebeu vários prêmios: The Bem Webster e The Art Foundation. A paixão pela música brasileira levou-o a formar o Thomas Clausen Brazilian Trio, em 1997, com o baterista Afonso Corrêa e o contrabaixista Fernando de Marco, radicados na Europa.

Em 2006, a flautista e compositora Léa Freire e o saxofonista e flautista Teco Cardoso uniram-se ao Trio para uma turnê pelo Brasil e pela Europa (Suécia, Dinamarca e Inglaterra). Esse peculiar quinteto, agora batizado de Maritaca Quintet (ou 'Mary Tak', Maria Agradecida), como os músicos gostam de falar, trocou experiências e afinidades, resultando no CD Waterbikes, gravado em Copenhague, na Dinamarca, em 2006.

Léa, que já atuou ao lado de estrelas como Alaíde Costa e Arrigo Barnabé, lançou seu primeiro CD, Ninhal (1997), época em que também abriu o selo Maritaca. No ano seguinte fez uma dupla com Teco Cardoso, que se apresentou nos Estados Unidos e gerou o CD Quinteto (1999), gravado em Nova York. Em 2005, em parceria com o trombonista Bocato lançou os volumes 1 e 2 dos CDs Antologia da Canção Brasileira. Cartas Brasileiras (2007) é seu quinto trabalho.

Cardoso é integrante do grupo Pau-Brasil, já atuou em discos de Edu Lobo, Joyce, Hermeto Pascoal e João Donato. Em 1994 lançou, ao lado do violonista Ulisses Rocha, o CD Caminhos Cruzados, considerado pela crítica um dos melhores daquele ano. É um dos fundadores da selo Núcleo Contemporâneo, por onde lançou seu primeiro CD solo Meu Brasil (1998). É integrante da Orquestra Popular de Câmara, que tem dois CDs lançados.

O contrabaixista Fernando de Marco começou a carreira no Brasil e vive na Europa desde 1987. Primeiro na Dinamarca e atualmente na Inglaterra, em Londres. Atua e grava com artistas como Ingrid Laubrok, Ian Price, Shanti Paul Jayazinha, Chris Wells e outros.

O CD Waterbikes traz ritmos como sambas, maracatu e choro, em dez temas próprios de Léa e Thomas, além de composições de Tom Jobim. Pode ser considerado a perfeita mistura de três visões do Brasil: o sensível olhar estrangeiro de Thomas, o saudoso olhar do músico brasileiro que vive no Exterior (caso de Afonso Corrêa e Fernando De Marco) e o atento olhar de Teco Cardoso e Léa Freire, que vivem, tocam e produzem no Brasil.

Sesc Avenida Paulista
Av. Paulista, 119 - Paraíso - São Paulo SP
Tel.: (11) 3179-3700 fax: (11) 3179-3764
Ingresso: Grátis. Retirar com uma hora de antecedência


Léa Freire une-se ao dinamarquês Thomas Clausen no Maritaca Quintet
por:
Comunidade MPB.com
23.07.2008

Léa Freire
Léa Freire e Teco Cardoso se unem ao dinamarquês Thomas Clausen Brazilian Trio, formam o Maritaca Quintet e lançam o CD Waterbikes em show gratuito no Sesc Av. Paulista, na terça, dia 29/07. O pianista dinamarquês Thomas Clausen é um apaixonado por música brasileira. Tão apaixonado que juntou-se a dois músicos brasileiros que vivem na Dinamarca e formou o Thomas Clausen Brazilian Trio. As afinidades fizeram com que o Trio cruzasse os caminhos dos flautistas Léa Freire e Teco Cardoso e o resultado é o Maritaca Quintet, que está lançando o CD Waterbikes, com músicas próprias e clássicos como ‘Retrato em Branco e Preto’ e ‘Chega de Saudade’.

Auditório do Ibirapuera
lançamento CD Cartas Brasileiras

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