Theo de Barros é exemplo de músico que se destaca no início da carreira e sai de cena. Passou para os bastidores com a mesma qualidade. Maestro, arranjador, violonista, cantor.

Em 1966, com Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Heraldo Dumonte, formou grupo instrumental inovador, o cultuado Quarteto Novo. Compôs com Geraldo Vandré sua mais famosa canção, Disparada, vencedora do Festival da TV Record do mesmo ano. Vieram outras parcerias, outros prêmios. Fez direção musical de peças, arranjos, entrou para o mercado de jingles.

Só lançou dois discos, em 1979 e 1997. Aos 61 anos, lança o terceiro, pelo selo Maritaca. Toda a experiência desemboca num álbum de classe. Belos arranjos, ótimos músicos. Conta com cordas da Orquestra Sinfônica de São Paulo, Mônica Salmaso, Teco Cardoso, Léa Freire, Arismar do Espírito Santo, Heraldo do Monte. E com a parceria de Paulo Cesar Pinheiro em cinco das 16 faixas. Como diz o texto da apresentação, "aquele rapaz que deixou o coração do País dos festivais em "disparada", continua a nos reinventar com sua música.