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O jazz discreto de Claudio Celso
Swell traz músicas inspiradas no mar
por:
Beto Feitosa

03.11.2006

Pegando de leve um elegante e discreto jazz, o guitarrista e compositor Claudio Celso lança seu novo CD, Swell, pelo selo paulistano Maritaca.

O som é simples, sem grandes invenções. Um jazz agradável que pode funcionar muito bem como fundo musical de toda hora. Mas que, se for prestar maior atenção, o ouvinte descobre um som rico e criativo e um talentoso músico de técnica já comprovada por grandes nomes como Chet Baker, Raul de Souza e Zimbo Trio.

É o próprio Claudio quem assina a maioria das composições. Entre as duas únicas releituras traz o clássico Bye bye Brasil, de Chico Buarque e Roberto Menescal, e So many stars, de Sérgio Mendes, Alan Bergman e Marylin Bergman.

A seleção musical é interessante e agradável. Em notas no encarte o artista comenta as músicas. Assim, revela que a harmonia de Swell nasceu inspirada em Surfboard, de Tom Jobim. O mar, aliás, e tema inspirador constante para o jazz de Claudio Celso e volta a aparecer em Liana's waltz, entre outras.

A flauta de Lea Freire aparece em participações na faixa-título e Hades. Na música Tudo azul em Monicaland Claudio convida o violão de Swani Jr. e o flügelhorn de Daniel d'Alcantara; o vibrafone de Beto Caldas aparece em Song for Anita. A banda base, comandada pela guitarra de Claudio Celso, conta ainda com Adriano Busko (bateria e percussão), Marcelo Maita (piano elétrico) e Tuco Freire (contrabaixo).

As viagens musicais de Claudio resultam em um som simples, porém agradável e com gosto de dia-a-dia. Como revela o subtítulo "A brazilian cool jazz experience", a música é assim: filha da bossa com o jazz, feita para funcionar como trilha sonora dos agradáveis momentos de relaxar.

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© Beto Feitosa