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Folha de São Paulo
Tributo a Maysa mostra suas várias facetas
por: Redação
07.04.2006
Maysa Figueira Monjardim Matarazzo (1936-1977) era apenas Maysa quando cantava. Mas existiam várias Maysas, não só a intérprete de músicas de fossa, faceta que a estigmatizou. Um show em sua homenagem procura mostrar, de hoje a domingo, no Sesc Pompéia, a diversidade da cantora e compositora. No palco, haverá jovens do universo pop (Moska e Paula Lima) recriando seu repertório. E sambas alegres de sua autoria que são pouco conhecidos, como "Escuta, Noel" e "Nego Malandro do Morro" -ambos serão cantados por Virgínia Rodrigues. "Esses são sambas da Lapa [carioca] mesmo. Ela transitava bem entre os sambas da Lapa e os de Ipanema", diz Léa Freire, diretora musical do show, que aposta na variedade de estilos para surpreender o público. "Os cantores e arranjadores são muito diferentes entre si", diz. Laércio de Freitas, Proveta e Bocato estão entre os arranjadores. Paula Lima interpretará "Eu e a Bossa" (Johnny Alf), "Dindi" (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira" e "Resposta", uma das mais belas canções de Maysa. Moska está escalado para "Por Causa de Você" (Tom Jobim/Dolores Duran), "Bom Dia, Tristeza" (Adoniran Barbosa/Vinicius de Moraes) e "A Mesma Rosa Amarela" (Capiba/ Carlos Pena Filho). Já Peri Ribeiro, contemporâneo de Maysa, cantará "O Barquinho" (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), que os dois lançaram na mesma época, e "Ne me Quitte Pas" (Jacques Brel), um dos maiores sucessos da cantora. "Ele tinha um bom gosto enorme, e não só para músicas tristes. Quando a gente se aprofunda, vê como era uma mulher danada", diz Freire.
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