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Amilton Godoy e Léa Freire Entrevista: Programa Alta Fidelidade Os instrumentistas e arranjadores Amilton Godoy e Léa Freire vieram ao CCSP participar da edição de abril da série Alta Fidelidade. Na entrevista abaixo eles falam sobre o álbum “Amilton Godoy e a música de Léa Freire”, no qual Godoy interpreta ao piano 11 composições escritas por Léa, além de comentar sobre o concerto Música instrumental brasileira, que apresentam na Sala Jardel Filho do Centro Cultural no dia 19/4. Créditos A OCAM faz 20 ANOS ! Neste Sábado 19/04 às 21h o Sesc Belenzinho abre as portas para o lançamento do álbum: Com o troféu. Fabio Torres, Edu Ribeiro e Paulo Paulelli: o melhor álbum de jazz latino Após prêmio, chove na horta do Trio Corrente O conjunto paulistano de jazz Trio Corrente, que ganhou o Grammy de melhor álbum de jazz latino anteontem (em parceria com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera, no disco Song for Maura), deve fazer turnê em maio e outubro com o repertório do álbum, segundo informou ontem o francês Jacques Figueras, queproduziuotrabalho. Em seu novo disco, Amilton Godoy gravou 11 temas de Léa Freire Estado de Minas: www.divirta-se.uai.com.br | por: Kiko Ferreira | MG 06/01/2014 Rádio UOL: Amilton Godoy e a Música de Léa Freire | Partituras para Download QUINTETO VENTO EM MADEIRA - LANÇAMENTO DO CD BRASILIANA
Vento em Madeira Rádio do Centro Cultural SP - Entrevista Léa Freire SP 08/12/2011 "A música, em essência, é uma conversa trazida em ondas sonoras, é uma troca de vibrações assopradas em nosso ouvido, é vida transmitida de pessoa para pessoa." Léa Freire (foto) Ouça mais Léa Freire aqui e aqui. Escute também Edu Ribeiro aqui.
A flautista e compositora Léa Freire - Foto: Marcilio Godoi
Léa Freire e sua flauta mágica
Todos os Sons: entrevista www.culturabrasil.com.br por: Lia Machado Alvim SP 13/05/2011 Vento em madeira foi o título que a flautista e compositora Léa Freire criou para seu primeiro tema sinfônico há quatro anos. A Alma do Instrumental Com quase 40 anos de carreira, Léa Freire ganha merecido tributo “Quando começam a homenagear assim, a gente tem que começar a se preocupar”, brinca Léa Freire, acostumada com a rotina de um país que presta tributos a seus artistas apenas quando eles partem daqui ou estão perto de morrer. Este, definitivamente, não é o caso da flautista, compositorae arranjadora nascida em São Paulo. Aos 54 anos, ela segue em plena forma musical e ganha homenagem na Casa do Núcleo. No centro cultural idealizado pelo pianista Benjamin Taubkin, a flautista inaugura o projeto Residência na Casa com a Semana Léa Freire, de quinta até domingo, apresentando-se com diferentes formações marcantes em sua carreira e uma exposição iconográfica, que contará sua trajetória com fotografias, matérias de jornais e revistas, capas de discos, catálogos de seu selo Maritaca e vídeos. Assunto não falta para a exposição e para as apresentações que Léa fará no centro cultural. Afinal, em 2012 ela completa 40 anos de uma carreira que embora tenha acompanhado artistas de grande nome, como Alaíde Costa, Arrigo Barnabé e Hermeto Pascoal construiu-se naturalmente com especial devoção à música instrumental. “Sempre vai ser difícil fazer e viver de música instrumental no Brasil, mas nunca estamos sozinhos. Sempre tem alguém para levar essa tocha adiante. Na oficinas que tenho feito pelo País inteiro, vejo um interesse enorme dos jovens pela música, principalmente os adolescentes, quando encasquetam com algum instrumento, aí é aquela obsessão típica da idade. É bonito ver isso, largam até o videogame”, diz Léa. Nesse sentido de compartilhar com os outros sua bagagem acumulada, Léa dará duas oficinas de percepção musical, amanhã e quinta-feira, com duas horas de duração, novalorde R$ 10. “Essa parte da percepção é o que eu acho de mais importante para eles. Tem muito aluno começando querendo praticar aqueles exercícios de técnica. Eu acho válido, mas quero ensinar que música não se faz só com os dedos, mas com os ouvidos”, conta.
Na sexta, ela divide o palco com Bocato, com o qual ela lançara dois belos álbuns em 2005 (Antologia da Canção Brasileira Vol. I) e 2006, comum segundo volume. “Esse encontro também foi muito bom. Nele, decidimos gravar umas baladas, um repertório mais dolente, que é muito mais difícil de tocar, não tem como enganar. Com o andamento lento, qualquer errinho aparece”, diz Léa sobre o encontro com o trombonista paulista que dispensa apresentações. Já no sábado, a flautista se apresenta com o Quinteto, grupo com o qual registrou um disco de mesmo nome, em 1999, em Nova York. Na formação, músicos que sempre estiveram presentes no caminho de Léa, como Teco Cardoso (sax e flauta), Benjamin Taubkin (piano), AC Dal Farra (bateria) e Pichu Borelli (baixo). TIME FORA DE SÉRIE E TEMAS ORIGINAIS O rigor da tradição camerística europeia e a informalidade da alma brasileira. Quando essas duas características musicais se combinam na medida certa, somadas a composições criativas e de bom gosto, o resultado é um disco capaz de tocar diferentes pessoas em qualquer lugar do mundo. Isso é o que ocorre com o disco homônimo que acaba de ser lançado pelo Quinteto Vento em Madeira. Formado inicialmente para interpretar as composições do álbum Cartas Brasileiras, de Léa Freire, em formação menor, acabou-se chegando a um time de instrumentistas, compositores e arranjadores fora de série. Com Léa (flautas), Teco Cardoso (sax e flauta), Edu Ribeiro (bateria), Tiago Costa (piano) e Fernando Demarco (contrabaixo), em nove temas o grupo mapeia o Brasil, passeando com extrema naturalidade por seus diversos gêneros e estilos. O quinteto não se restringe às fronteiras continentais do País, revelando também a bela composição Copenhague, dedicada ao pianista dinamarquês Thomas Clausen. Com temas próprios, como 10:31, Choro na Chuva, Frango no Trevo e a joia rara Vento em Madeira, além de Luz Negra (Nelson Cavaquinho), o grupo demonstra entrosamento e precisão absurdos, sem deixar de ser emotivo. E ainda conta com a luxuosa e indispensável participação de Mônica Salmaso em quatro faixas. / L.N. Casa do Núcleo - Semana Léa Freire R. Padre Cerda, 25, Alto de Pinheiros SP Informações: www.casadonucleo.com.br Casa do Núcleo apresenta Semana Léa Freire De "quarta" 25/05 a Domingo 29/05, Shows, Oficinas e Exposição iconográfica
Uma das figuras mais influentes da música instrumental brasileira, Léa Freire, em quase 40 anos de carreira, a completar em 2012, vem realizando um trabalho significativo ao agrupar nomes da música instrumental, seja pelos trabalhos artísticos que criou, seja pelo seu selo Maritaca, que já lançou mais de três dezenas de discos, com repercussão internacional. Benjamim Taubkin, idealizador da Casa do Núcleo, explica a escolha de Léa para ocupar a Casa do Núcleo: “Ela sempre foi uma grande musicista. Mas o mais surpreendente foi acompanhar o seu desenvolvimento nestes últimos treze anos. Em um momento em que a maioria dos músicos se sente satisfeito com suas conquistas, Léa despertou para um nível mais profundo e criativo, como compositora e arranjadora. Seus últimos trabalhos, são de uma consistência, beleza e execução muitos especiais. E de alguma forma, são fonte de renovação e evolução desta linguagem. Ao inaugurarmos este projeto de Residência, em que homenageamos músicos que são para nós referência, ficamos felizes em ter em nossa Casa esta grande artista”. Benjamim Taubkin Casa do Núcleo - acesse a progarmação R. Padre Cerda, 25, Alto de Pinheiros SP Informações: www.casadonucleo.com.br Show de Lançamento do livro "Jurupari" de Paulo Freire O livro conta a história de um violeiro em formação cruzando o Brasil a pé, de ônibus, barco, caminhão - de tudo quanto é jeito -, sendo guiado pelos mitos, pela música e pela descoberta do amor. Paulo Freire: Uma vez escutei de meus filhos: “Pai, desdá o nó do meu sapato”. Pronto, era exatamente o que vinha pensando enquanto elaborava este livro. Em Jurupari, um jovem músico em formação viaja para descobrir sua arte. Esse descobrir tem a função do “desdar” que as crianças inventaram. Ou seja, tirar de cima de nossa terra o que está amontoado, atrapalhando a visão, e revelar a nossa história. É assim que surgem os mitos brasileiros, guiando os personagens e apurando as descobertas. Procurei aqui colocar em prática minha experiência de violeiro, contador de histórias e pesquisador de nossos mitos, narrando da forma como aprendi com os mestres e buscando a verdade, para que Jurupari volte a frequentar nosso imaginário. SESC Consolação - Teatro Anchieta R. Dr. Vila Nova, 245 Vila Buarque - São Paulo SP • Convite Virtual tel.: 11 3234.3000 • www.sescsp.org.br • www.paulofreire.com.br Ingressos: R$ R$ 10,00 [inteira]; R$ R$ 5,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]; R$ R$ 2,50 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]. Livre para todos os públicos O vento soou na madeira
E Léa e Teco se defrontaram, então, com o primeiro desafio: montar um quinteto que teria como meta reproduzir a sonoridade obtida por aqueles 60 músicos do disco anterior - um trabalho libertário e, ao mesmo tempo, rigoroso. Instigados pela real dificuldade da realização do objetivo, em meio a dúvidas, mas estimulados por elas, nasceu o Quinteto Vento em Madeira, integrado por Léa e Teco, mais o baterista Edu Ribeiro, o pianista Tiago Costa, e o contrabaixista Fernando Demarco. E como se não bastasse, há um sexto "instrumento", convidado muito especial em quatro das nove faixas, a voz de Mônica Salmaso. Músicos de altíssimo gabarito, dispostos a recriar um amplo retrospecto da música instrumental contemporânea, os cinco se debruçam sobre o repertório: oito temas de autoria de Léa, Teco, Edu e Tiago, e Luz Negra, uma das mais magistrais de Nelson Cavaquinho, parceria com Amâncio Cardoso. Os temas instrumentais, nos quais prevalece um amplo espectro de ritmos, foram orquestrados de modo a fazer deles uma mostra do que a versatilidade e a competência dos músicos podem realizar. Segundo desafio: um ano de ensaios. Tempo para que arranjos e composições fossem burilados, até que estivessem prontos para serem tocados, sem o auxílio de partituras. A interpretação, assim, deu-se de maneira solta, contundente. "Copenhague" esplica o quanto isso é verdade: um tema lento, com momentos de dissonâncias, começa com as flautas baixo e sol dando o toque de tacitumidade pedido pela linda melodia. Logo elas dão vez ao piano. O baixo e a bateriatocam delicados. Flautas e piano acentuam a tristeza, levando-a a um ponto de raro esplendor. Cantada por Mônica Salmaso, Luz Negra é o encanto em versos. A harmonia deixa de lado a original, buscando um jeito novo de entender o gênio de Nelson Cavaquinho, e o início do arranjo é dedicado a improvisos - em que o sax brilha. Para dar início ao canto, o piano sola e logo o sax vem tocar melodia, já agora com o apoio do baixo e da bateria. Deus do céu! Nelson aplaudiria. O resultado é um trabalho da mais alta categoria musical. As performances são uma mostra do quanto valeram as dezenas de ensaios - cada instrumento tirou o melhor de seu instrumento . Mesmo quando a composição era de difícil execução, tal intimidade permitia que ela soasse de maneira simples. Ainda que a sofisticação harmônica pudesse levar a crer em algum grau de dificuldade de compreensão, o jeito como o quinteto toca a torna acessível. Lançamento: 20/05 às 21h no SESC Pompeia Grupo faz show no SESC Pompeia, na Sexta-feira 20/05 às 21h Quinteto Vento em Madeira mostra composições autorais e clássicos da MPB
lançamento do CD, homônimo, no SESC Pompeia. Léa Freire (flauta), Teco Cardoso (sax e flauta), Tiago Costa (piano), Fernando Demarco (contrabaixo) e Celso Almeida (bateria) se apresentam na sexta-feira (20), às 21h. O trabalho traz oito composições próprias, entre elas, Choro na Chuva, Mamulengo, Frango no Trevo, além do clássico Luz Negra, de Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso, que tem participação especial de Mônica Salmaso. 20/05 às 21h no SESC Pompeia Rua Clélia, 93, Pompeia SP - Teatro Ingressos:de R$ 4,00 a R$ 16,00 Vento em Madeira no Vinilo
"Vento em Madeira", quinteto formado por el piano elegante de Andrés Beeuwsaert, el contrabajo preciso, y fundamental, de Fernando Demarco que volvió a Brasil después de una larga temporada viviendo en Europa, más la batería/percusión poli rítmica y creativa de Edu Ribeiro, que también contribuye como compositor para el quinteto, esas maderas sumadas a los vientos de las flautas de Léa Freire y dos saxos y flautas de Teco Cardoso, ambos también contribuyendo como compositores. Invitada especial en voz: Mónica Salmaso y Liliana Herrero (viernes) y en guitarra: Juan Quintero (sábado). Un trabajo autoral que también revisita y homenajea algunos maestros como Moacir Santos (Samba di Amante) y Nelson Cavaquinho / Amãncio Cardoso (Luz Negra). Data: 17/09/2010 a 18/09/2010 Local: Café Vinilo: Gorriti 3780 (Entre Salguero y Bulnes) - Palermo Horário: Viernes y Sábado, a las 21h30. Entrada: $45. Tel.: 4866-6510 www.cafevinilo.com.ar www.myspace.com/ventoemmadeira Vento em madeira visita Córdoba por primera vez el jueves 16 de setiembre. El grupo de música instrumental de Brasil estará en Córdoba el 16 de setiembre,
Vento em madeira estará en el nuevo auditorio de Luz y Fuerza Regional Córdoba, Sala Luis Gagliano (Jujuy 29), desde las 21. Componen el grupo Lea Freire (flautas, arreglos y dirección), Teco Cardoso (flautas y saxos), Andrés Beeuwsaert (piano - invitado especial), Fernando Demarco (contrabajo), Edú Ribero (batería), y la invitada especial Mónica Slmaso (voz). Las entradas anticipadas se pueden adquirir en disquería Edén, a 46 pesos. Para participar, completá con tus datos el formulario que está debajo de esta nota. El lunes 13 de setiembre a las 16 haremos el sorteo. Los ganadores retirarán sus entradas en la oficina comercial (Maipú 51). Participar del concurso Vento em Madeira El grupo de música instrumental de Brasil se presentan en el nuevo
El quinteto brasilero está integrado por Lea Freire (flautas, arreglos y dirección); Teco Cardoso (flautas y saxos); Andrés Beeuwsaert (piano, invitado en lugar de Tiago Costa, habitual pianista del grupo); Fernando Demarco (contrabajo) y Edú Ribero (batería). Invitada especial: Mónica Salmaso (voz), tocan en el Nuevo auditorio de Luz y Fuerza Regional Córdoba, Sala Luis Gagliano.
Interpretan un trabajo autoral, que además de sus propias composiciones y arreglos, re-visita sólidamente obras maestras de la música del Brasil. Entrada general $ 46, en disquería Edén. Convite Virtual Lugar: Auditorio de Luz y Fuerza Músicos chilenos y brasileros comparten escenario en concierto de Vento em Madeira El quinteto se presentará en Chile por primera vez, y tendrá como cantante invitada a Francesca Ancarola. Todo comenzó hace más de un año, cuando la cantante, compositora chilena, y profesora de la Escuela de Arte de UDLA, Francesca Ancarola, visitó la casa de la afamada compositora, flautista y multiinstrumentista Léa Freire, en São Paulo, oportunidad en la que no sólo se generaron lazos de amistad, sino que también Ancarola compuso la letra para el tema Temperança (templanza), dedicada a la cantante argentina Liliana Herrero. The Post and Courier Brazil native blends folk influence with energy of jazz
Fernandes, a classically trained piano prodigy from Sao Paolo, Brazil who is making her reputation as an innovative interpreter of her country's folk music, recently released her second CD, "Candeias." Managed by Michael Grofsorean, producer of Spoleto's Wachovia Jazz Series, Fernandes evokes old Brazil while simultaneously creating a new, shimmering, lyrical and textured sound that contains something of Brazil's soul and much of the pianist's heart. At the root of "Candeias" is the anthropological work of Mario de Andrade, who led an expedition in 1938 to document the music of Brazil's indigenous tribes and its communities of African origin. Fernandes, assisted by bass player Zeca Assumpcao and percussionist Ari Colares, begins with these folk songs, adding structure, rich layers of musical texture, fantastic moments of improvisation and jazz's grand sense of possibility. Perhaps more than anyone else in a country whose popular music is often made with the voice, percussion, guitar and flute, Fernandes is offering the piano as a lead instrument. She made an impression with her first release, "Fruto." With playing so lavish and heartfelt, blending ideas with mood, it is difficult not to take notice. Q&A with Heloisa Fernandes A conversation between Heloisa Fernandes and Post and Courier writer Adam Parker www.heloisafernandes.com Revista Cover Guitarra Jurandir Santana produz ótimo álbum instrumental combinando a liberdade jazzística com ritmos brasileiros. Na sua função gêneros baianos como o ijexá e o samba duro não ficaram de fora
Quanto o assunto é guitarra, a dívida com os baianos é ainda maior. Basta pensarmos na revolução criada por João Gilberto com a sua batida de violão e visão harmônica revolucionárias ou então na genial fusão do rock com música brasileira de virtuoses como Armandinho e Pepeu Gomes. A “escola baiana de guitarra”, felizmente, segue ativa e bem representada por músicos como Jurandir Santana. Só Brasil é o nome do álbum instrumental que o guitarrista lançou recentemente. Formado basicamente por composições autorais, este ótimo trabalho prova que existe um imenso território a ser explorado no jazz brasileiro por meio da incorporação de ritmos locais tradicionais. Cover Guitarra bateu um papo com Santana, que falou deste lançamento e da sua maneira pessoal de fazer música. Revista Modern Drummer Beteristas Competentes e atuantes existem aos montes. Bateristas com aquele algo a mais, uma assinatura, um discurso musical profundo e embasado, são poucos. Edu Ribeiro é um deles. Dos bailes aos palcos internacionais - seja com artistas brasileiros ou estrangeiros, como o pianista Brad Mehldau, com quem tocou recentemente -, Edu faz música na bateria. Com maestria.
Edu: O Chico é um grande amigo querido. Gravei todos os discos dele, inclusive uma demo que fizemos de trio que nunca foi lançada. Em algumas épocas do ano nos encontramos para estudar juntos quase que diariamente. Isso faz com que tenhamos uma intimidade legal quando tocamos. Um já sabe muito bem o que esperar do outro, embora ele sempre me surpreenda. Para esta participação com o Brad, em especial, recebi algumas partes do repertório que seria tocado com as gravações e procurei conhecer mais a fundo seu trabalho. Gosto de fazer isso quando vou tocar com uma pessoa que admiro muito mergulhar no seu trabalho para entender um pouco melhor como ela pensa a música. Isso faz com que você fique mais atento e entenda melhor o que está acontecendo no momento em que está tocando. Quando nos encontramos ele foi tão gentil que parecia que nos conhecíamos há anos. É impressionante conhecer uma pessoa assim, uma espécie de gênio da música, e perceber que é uma pessoa normal, que fala dos filhos, estuda e gosta muito de música. Esses shows que ele e o Chico dividiram contavam ainda com a participação da Luciana Alves (cantora), do Doug Weiss (baixista) e da cantora Fleurine, esposa do Brad. MD: Com o Trio Corrente você interpreta clássicos da música popular brasileira em arranjos cheios de polirritmias e compassos ímpares. Como conseguiu essa total liberdade e entrosamento com os músicos para executar e compor os arranjos do disco? Edu: Adoro tocar com o Trio Corrente. Acabamos de voltar de uma turnê pela Europa em setembro. Foi a primeira vez que tocamos com esse trio fora do Brasil e a resposta do público foi excelente. Nós três pensamos de forma parecida e podemos tocar coisas completamente deslocadas um do outro que “quase” sempre sabemos aonde o outro vai chegar. O Fábio Torres (pianista) e o Paulo Paulelli (contrabaixista) têm uma consciência de tempo e da forma da música que nos dá total liberdade para experimentar enquanto tocamos juntos. Os arranjos são elaborados quase sempre em cima de coisas que experimentamos enquanto improvisamos. Lembro-me de que, quando o Paulelli trouxe o arranjo do Triste, do Jobim, pela primeira vez, parecia que não estava entendendo o que ele queria dizer, era completamente torto e fora do padrão. Conforme fui conhecendo o seu jeito de tocar e improvisar, ficou muito mais fácil entender os seus arranjos. MD: Antes de vir para São Paulo (de Florianópolis SC), você tocou bastante em bailes. Como foi essa época? O que você aprendeu? Revista Modern Drummer
O bom anfitrião te recebe com elegância, escuta e responde, tem um cardápio variado de assuntos, quitutes, bebidinhas, sabe quando falar, calar. O bom anfitrião faz você querer voltar sempre. Nada pior que ir a uma "festa" onde ninguém te dá a mínima, a comida é ruim, a bebida acaba... No caso, "elegância" é a intimidade com o instrumento, as "horas de voo" do instrumentista, a técnica; "assuntos" se refere à harmonia, composição, arranjo, produção, gravação, ética, gentileza; "cardápio" à cultura musical e geral, ou seja, conhecer várias formas de música, do Brasil e do mundo, seja popular, erudita, ou qualquer outro rótulo que se queira dar (e não só sobre música - diga-se - saber sobre outros assuntos sempre acrescenta); "quitutes e bebidinhas" à criatividade que transforma toda a música com intenções e cores diferentes, e também aos sabores que identificam o cidadão e suas origens, sua cultura, sua geografia, sua história. Mais que um exímio baterista, Edu Ribeiro é um grande anfitrião. Tenho uma admiração irrestrita por esse moço, que é capaz de me surpreender a cada vez que tocamos juntos. As "festas" na casa do Edu são sempre ótimas. Além de excelente condutor - os sabores originais dos ritmos estão sempre presentes -, ele também sabe o momento exato de deixar o som voar, como no futebol na hora do lançamento - todo mundo esperando pra ver aonde aquela bola vai cair! (A palavra inglesa play quer dizer tocar, mas também quer dizer brincar). E seus solos têm sempre a ver com a melodia, o chorus, o tema, o assunto de que se está falando. Ele tem uma fluência e uma elegância enormes, uma variedade impressionante de assuntos, está sempre ouvindo o que você diz, faz comentários, se diverte, te surpreende, faz você tocar melhor, faz você querer tocar melhor.
O Edu afina os tom-tons no tom, escolhe os pratos para cada tema, sugere acordes, sugere formas diferentes, afinal "o divino mora nos detalhes", fica óbvio que ele adora o que faz, toca com e por paixão - e isso contagia os sons dos quais ele participa. Por isso tudo todo mundo quer tocar com ele. É um dos bateristas mais requisitados, com razão e por merecimento. Tocar com o Edu Ribeiro é um prazer e uma honra. Obrigada, menino." Léa Freire www.musicabrasileira.org
The pianist/composer from São Paulo (for biographical notes, please visit the review page of Fruto) didn't "just" record a follow-up. Heloísa Fernandes managed to deliver a masterful piece of music that was preceded by some serious research in Brazil's folkloric musical heritage. On the album Fruto it was easy to notice that the pianist combines a very personal style with warm influences from the rich Brazilian music tradition. It must be part of Heloísa Fernandes' talent, since she sublimated her interest in the roots of Brazilian music by a year of intensive studying. The basis of the study was the book "Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos" (Melodies Recorded by non-Mechanical Devices) by anthropologist Mário de Andrade, published in 1946. In that book De Andrade and his erudite research team transcribed during the period 1936-1938 no less than 570 folkloric songs from various parts of Brazil, creating a valuable source of basic Batuque, Cateretê, Caboclinho, Praiá and other folkloric rhythms and styles. The almost forgotten or unconventional conserved music was thus made available for further exploration. And that's exactly what Heloísa Fernandes pursued in her linked up project "Melodias do Brasil: Identidade e Transformação" in which she completely absorbed the anthropologic music and its historical atmosphere. It all served as an inspiration for Heloísa's compositions that we hear on Candeias. The album doesn't serve as a history class but more as a class in how history can form the basis of contemporary music. Music connects to people and people connect to their ancestors. This CD is the reflection of that.
Revista Guitar Player - nº 162
Sempre para cima, Arismar passa a impressão de não haver "tempo ruim" para ele. E é verdade. Basta dar uma olhada na lista de nomes com quem já tocou: Hermeto Pascoal, Toninho Horta, César Camargo Mariano, Sebastião Tapajós, Jane Duboc, Raul de Souza, Hélio Delmiro, Roberto Sion, Dominguinhos, Dory Caymmi, Heraldo do Monte, Lenine, Joyce, Paquito D'Rivera, João Donato, Leny Andrade, Maurício Carrilho, Paulo Moura, Naná Vasconcelos, Roberto Menescal, Banda Mantiqueira, George Benson, entre muitos outros. Além disso, ele tem projetos em andamento como o álbum "Essa Maré", em que junto com o guitarrista Leonardo Amuedo, interpreta composições de Ivan Lins. Outra novidade é o tema "Santos x Corinthians", registrado com Thiago Espírito Santo (baixo) especialmente para o CD Guitar Payer 2009. A seguir Arismar fala de seus projetos e sua música. Como surgiu a ideia desse trabalho com Leonardo Amuedo? Eu conheci o som do Léo mas nunca havia tocado com ele, até que certa noite, no Drink Café, Rio de Janeiro, na gig do Paulinho Trompete, nós demos uma canja juntos. No dia seguinte, encontrei Rodrigo Villalobos, da Rob Digital, e conversamos do som legal que havia rolado. Ele comprou a ideia de gravarmos juntos. Vocês decidiram tocar Ivan Lins porque Leonardo Amuedo é sideman dele? O Léo toca com ele a dez anos, mas a decisão de gravarmos Ivan Lins foi sonora! Em nunhum momento recorremos a partituras, pois os temas soam como standards para nós. Ivan Lins é muito respeitado e já foi gravado por vários nomes internacionais. A ideia foi fazer um registro diferenciado? Não, a ideia foi fazer um som juntos! Os temas do Ivan são um brinde à música contemporânea. Eu e o Léo fizemos os arranjos. Criamos algumas introduções e finais, sempre respeitando o requinte e a beleza das músicas. O corpo do som, se formou no estúdio - ao vivo e em cores. Como foi o trabalho de pré-produção? Vocês dois se encontraram ou fizeram as partes separadamente? Não teve nada disso! Nós nos encontramos duas vezes para "bater uma bola" e escolher os temas. No estúdio foram três sessões. Quais foram os equipamentos usados? Usei um ótimo Giannini de sete cordas, minha Ibanez GB-10 de estimação e meu Fender Jazz Bass 1969 "velho de guerra". Numa das faixas, toquei um violão de cordas de aço do Léo, mas não lembro a marca. Uso cordas D'Addario e amplificadores AER.
Acordo cedo e toco o dia inteiro! Estudo bateria pela manhã assistindo ao José Trajano e Eduardo Monsanto na ESPN Brasil. Depois, toco guitarra e piano, além de ficar compondo ou testando sons. Os próximos projetos são o CD do Duo Espíritosanto, a gravação de um disco com Glauco Solter, Sérgio Coelho e Gabriel Grossi, com temas do Dorival Caymmi e um trabalho em parceria com Liliana Herrero, grande cantora argentina. Devo também ir ao Uruguai para participar de um projeto de música na rua, que reúne músicos de vários países. Vou ainda dar cursos de música em Itajaí, Curitiba e Cariri. Além, é claro, de tocar, tocar e tocar... Você gravou a música Santos x Corinthians para o CD Guitar Player. Qual a idéia desse tema? Sou santista e o Thiago é corintiano. Tocarmos juntos foi como se estivéssemos em um campo de futebol. Um jogo entre amigos: quando um ataca o outro defende. Sempre com muita energia, harmonia e sem qualquer rivalidade. Um verdadeiro clássico onde o espírito esportivo e criativo impera e quem ganha é o ouvinte. O Thiago e eu começamos a gravar o trabalho do Duo Espíritosanto. O repertório tem de tudo: samba de gafieira, baião, xote, bolero com jeitão de balada... Já faz algum tempo que esse Duo tem se apresentado. O Thiago toca baixos de seis e quatro cordas, violão de seis cordas e guitarra. Toco violão de sete cordas, meu baixo Jazz Bass, guitarra e piano. Já temos cinco faixas gravadas e esperamos lançar até o fim do ano. Feliz é o homem que improvisa !
www.diariodopara.com.br Posteriormente as musicou para o álbum nas companhias de Nailor Proveta, Bocato, Lea Freire e Toninho Ferragutti. Como resultado, obteve uma festa da melhor música brasileira instrumental / regionalista, até porque também embarcaram, na mesma viagem, Toninho Carrasqueira, Walmir Gil, François de Lima, André Mehmari e Guello. A luxuosa apresentação do lançamento pode até inibir um pouco sua procura. Livros-CDs, afinal, não estão nas prateleiras das lojas todos os dias. Mas o preço que vem sendo pedido não subiu. Tentem achá-lo. O Estado de São Paulo - Caderno 2 Com shows hoje (01/07) e amanhã (02/07), violeiro lança o livro e CD Nuá, que tem Bocato, Léa e Tuco Freire, Proveta, Toninho Ferragutti, André Mehmari e outros convidados
O Estado de São Paulo - Caderno 2 Saxofone Brasileiro registra os múltiplos papéis de um novato
www.nacabeca.com.br Quinteto Vento em Madeira por: redação Abril 2009 O álbum Cartas Brasileiras acabou tornando-se um panorama da Música Instrumental Paulista Contemporânea, envolvendo mais de sessenta músicos em diversas formações, desde duo de voz e piano a Orquestra Sinfônica completa. Para abrir o CD, foi escolhida a a composição Vento em Madeira, que nos leva a um verdadeiro passeio pelo Brasil. Ficou um desafio: como transpor as novas composições, arranjos e orquestrações para uma formação com menos músicos, mas com as mesmas características? Nasceu o quinteto Vento em Madeira, formado pelo piano elegante de Tiago Costa, que contribui como compositor e arranjador; o contrabaixo preciso, fundamental e londrino de Fernando Demarco, que retorna ao Brasil após longa temporada morando na Europa; a bateria/percussão polirrítmica e criativa de Edu Ribeiro, que também contribui com composições. São essas madeiras que sentem o vento das flautas de Léa, dos saxes e flautas de Teco, ambos também compositores do projeto. O grupo revisita e homenageia mestres como Moacir Santos (Samba di Amante) e Nelson Cavaquinho/Amâncio Cardoso (Luz Negra). O Vento em Madeira quer fazer uma música popular e erudita, improvisada e estruturada, um tanto camerística mas com um pouco/bastante das ruas. Algo de aldeia e de global que, ao mesmo tempo em que valoriza nossa tradição vinda do século passado, aponta para um futuro em que atenção, concentração e responsabilidades serão requeridas. "Encontro de uma invisível e poderosa força como a do vento, atemporal, imaterial, com a sólida e enraizada estrutura da matéria/madeira que também o recicla e reoxigena, Yin/Yang, consonâncias e dissonâncias, vento e madeira". Formação: Lea Freire (flauta), Teco Cardoso (sax e flauta), Tiago Costa (piano), Fernando Demarco (contrabaixo) e Edu Ribeiro (bateria). Participação especial: Mônica Salmaso Dia 3 de maio, domingo, às 19h Jazz Station - Arnaldo DeSouteiro's Blog Vinicius Dorin: "Revoada" (Maritaca) 2004 One of Brazil's top reedmen, Dorin offers an impressive solo outing, with great contributions by Írio Jr. (on Fender Rhodes), Fernando Corrêa (guitar), Enéias Xavier (bass) and Nenê (drums), plus special guests Hermeto Pascoal (piano & percussion on "Viniciando"), Arismar do Espírito Santo (acoustic guitar on a haunting version of Baden Powell's "Violão Vadio") and André Marques (piano in some tracks and the author of "Serpente"). Diário do Nordeste Maritaca Quintet: desfalcado aqui do saxofonista (e fotógrafo) Teco Cardoso,
São três composições de Léa, cinco de Clausen e mais as releituras de ´Chega de Saudade´ e ´Retrato em Branco e Preto´. O belo encarte perde dois registros: ´Choro´ e ´If you wish´, momentos criativos um tanto díspares, em favor do jazz. Felizmente, ninguém precisa se preocupar, as bicicletas aquáticas que podem representar a imponderabilidade deste encontro circulam com a mesma naturalidade jazzística no ´Samba do Gui-Gui´, de Léa, ou em ´Cultura´, um maracatu sincopado e sofisticado ao samba, de Thomas. Temas enriquecidos pela identidade brasileira e pelo talento de todos. E tem ainda outras bossas, às vezes em um piano elétrico que tem mais cara de samba-jazz, muito jazz: da bossa novíssima ´Rabisco´ (dela) ao deliciosamente discreto ´Alegria´ (dele). Dá pra pedir um ´Bis a Bis´, atendendo à sugestão do choro de Léa. E esperar no festival... www.comunidadenews.com
Cerca de 400 pessoas ficaram fascinadas com o tom que o Maestro Gil Jardim, à frente da orquestra, deu às obras de Camargo Guarnieri, Darius Mihaud, Lea Freire e, principalmente, à música de Heitor Villa-Lobos. Os instrumentos de corda, acompanhados do saxofone de Marsalis, tocaram em perfeita harmonia. Na segunda parte do show, a entrada de instrumentos de percussão marcou o casamento perfeito entre a suavidade da música clássica e os ritmos mais dançantes. Até mesmo o velho conhecido pandeiro mostrou porque a música brasileira é tão apreciada no mundo inteiro. Junto dele, uma cuíca para mostrar o típico suingue Brasil. Enquanto isso, a percussão se fazia cada vez mais presente, como numa animada marcha. Trabalho musical incansável A Filarmonia Brasileira foi instituída em 1994. Sob a direção artística de Gil Jardim, ganhou rapidamente notoriedade a nível nacional. Isto se deu pela qualidade do trabalho, especialmente pela preservação da obra de Villa-Lobos. Jardim criou a Filarmonia Brasileira com o intuito de explorar a fusão de elementos étnicos e eruditos, tradição tão presente na música brasileira. Vencedor de três Grammy (Oscar da música), Marsalis possui um interesse musical diversificado, que vai do jazz ao blues. Seu projeto musical inclui a música clássica. Em 2002, fundou o selo musical Marsalis, com o objetivo de produzir seus próprios trabalhos e de divulgar novos talentos. O Lehman Center é apoiado pelo New York City Department of Cultural Affairs e pelo New York State Council on the Arts. A Orquestra Philarmonia Brasileira realizou, a convite da Columbia Artists Management Inc. (CAMI) "29 de setembro a 10 de novembro", uma tournée pelos Estados Unidos, tendo como solista o saxofonista Branford Marsalis, um dos mais renomados saxofonistas americanos da atualidade. Folha de São Paulo 1 Folha - Como se deu sua aproximação com a música brasileira? www.radio.usp.br Tema: Lançamento do CD "Waterbikes" - Maritaca Quintet. Ouça! Prestigie!
"Trabalho pautado pela sutileza e por detalhes que fogem do óbvio" - Jornal do Brasil Programa " VISITA VIP " Lupércio Tomás Rádio USP FM 93,7 MHz - www.radio.usp.br Jornal de Londrina CD lançado pelo Maritaca Quintet revela como a música brasileira
Em pouco tempo o dinamarquês estava íntimo da música brasileira, tanto que formou o Brazilian Trio com Fernando De Marco (baixo) e Afonso Correa (bateria). Depois de passar por todo o espectro do jazz e tocar com Miles Davis, Dizzy Gillespie, Stan Getz, Chet Baker, Joe Henderson e Dexter Gordon, entre outros, Clausen tornou-se um apaixonado pelo Brasil. Para se ter uma idéia, Clausen é daqueles músicos que passam 14 horas em cima do piano, sai para escarafunchar discos em sebos, tem uma formação sólida e ficou impressionado com a harmonia brasileira, com a quantidade de acordes que utilizamos em um único compasso. Em uma de suas viagens para cá, conheceu os instrumentistas Léa Freire (flauta) e Teco Cardoso (saxofone). A integração musical veio com a amizade, surgindo o Maritaca Quintet. O primeiro disco do grupo está saindo no Brasil pela Maritaca (www.maritaca.art.br). Waterbikes foi gravado em 2006 na Dinamarca e se destaca, logo de cara, pela ambientação. Os técnicos do Sun Studio fizeram uma engenharia de som tão apurada que os retoques digitais, comuns na masterização, foram desnecessários. “A música instrumental de qualidade fica às vezes meio perdida, se esgota por falta de misturas, e a música brasileira ainda está se formando, é um campo enorme de descobertas”, explica Léa Freire, em entrevista por telefone. Waterbikes é um disco de jazz ancorado por ritmos brasileiros e melodias que visitam do choro à bossa nova. Ouvindo, é muito difícil distinguir as músicas de Thomas Clausen do restante do repertório. Trata-se de um músico que não se comporta como um gringo no samba, apresentando um domínio surpreendente de nossa linguagem musical. “A música brasileira não tem registro gráfico, partituras, não tem nada explicado, é um desafio enorme. Os grandes músicos de jazz adoram isso, construir um desafio dentro de uma base que está se movimentando”, comenta Léa Freire. Waterbikes é justamente o reflexo desse movimento, da improbabilidade de músicos dinamarqueses e brasileiros se encontrarem no universo do choro, do samba, da valsa, compreendendo-se em uma linguagem difícil e ao mesmo tempo rica e espontânea. Ao unir dois mundos, o Maritaca Quintet cria um terceiro, universal para os ouvidos. Folha de Londrina 'Waterbikes', o primeiro CD do quinteto Maritaca, une a criatividade de um grupo de músicos
O texto de apresentação de ''Waterbikes'' (Bicicletas D'Água) quase que dispensa apresentações. O CD é o primeiro do Maritaca Quintet, que celebra a união de Léa Freire, Teco Cardoso e o dinamarquês Thomas Clausen Brazilian Trio, gravado em apenas três dias de junho num estúdio de Copenhague. O álbum traz sambas, maracatu e choro, além de composições de Tom Jobim. Uma mistura afinadíssima de três visões muito distintas do Brasil: o olhar estrangeiro de Clausen, o olhar saudoso de Afonso Corrêa e Fernando De Marco, brasileiros que moram no exterior, e o olhar atento de Teco e Léa, que vivem, tocam e criam no País. Mas afinal, quem é essa gente talentosa? Thomas Clausen é sinônimo do melhor jazz da Europa. Tem 16 discos gravados e já tocou com Miles Davis, Joe Henderson, Stan Getz, Dizzie Gillespie e Chet Baker. Arranjador e compositor da Orquestra Sinfônica de Copenhague, é um apaixonado por música brasileira. Em 97 ele formou o Thomas Clausen Brazilian Trio, com o baterista Afonso Corrêa e o contrabaixista Fernando De Marco. Ele assina metade das faixas do CD, inclusive um chorinho que faz a gente jurar que ele é brasileiro. Léa Freire é flautista. Junto com o saxofonista Thomas Clausen, uniu-se ao Trio para uma turnê pelo Brasil e Europa, em 2006. Foi assim que surgiu o Quinteto Maritaca. Compositora, Léa trabalhou com Alaíde Costa e Arrigo Barnabé. Ela tem três músicas no CD, inclusive a faixa que abre o disco, ''Samba do Gui-Gui'', que cativa a gente logo nos primeiros acordes. Cardoso é integrante do grupo Pau-Brasil e já tocou com Edu Lobo, Joyce, Hermeto Pascoal e João Donato. O quinteto faz uma releitura de ''Chega de Saudade'', de Tom Jobim, com destaque para as flautas de Léa e Cardoso, que dão uma roupagem quase etérea para a famosa bossa-nova de Tom Jobim. Outra música que está quase irreconhecível é ''Retrato em Branco e Preto'', de Jobim e Chico Buarque, com Clausen no piano e Léa na flauta. Diferente, mas ainda maravilhosa. O trabalho é sofisticado, mas simples. Os instrumentos não se ''trombam'', não se confundem nem atrapalham. A harmonia entre o piano de Clausen e as flautas, contrabaixo e bateria dos brasileiros é perfeita. Parece coisa nativa, com uma roupagem européia. Criativo como nós, elaborado e bem acabado como eles. Só não dá para entender de onde surgem as bicicletas. Mas também, com um som desses, quem liga para as bicicletas? Jornal O Estado de Maranhão
Divididos cronologicamente, por assunto, os quatro discos da primeira caixa, Benê, o flautista, são Grupo Gente do Morro, Benê & Pixinga e o Regional de Benedito Lacerda (partes I e II) e apresentam várias facetas da obra do “flautista, cantor, chorão, compositor, sambista, carnavalesco, arranjador, polêmico, político, empresário, fazedor, idealista, criador, financista, patrão, letrista, fumante, sindicalista, o branco d’alma preta”. Benedito Lacerda está para Pixinguinha como Vadico está para Noel Rosa. A primeira relação é injusta: foi Benê, a intimidade que a caixa nos dá, quem tirou Pixinguinha do ostracismo, num dos vários episódios que o luxuoso libreto de 90 páginas traz: Pixinguinha, alcoólatra e com as mãos trêmulas, já não tinha embocadura para a flauta, seu instrumento de origem. Foi tocar saxofone e um “contrato” com Benedito Lacerda os levaram a assinar juntos todas às músicas compostas por um ou outro, dali em diante. A Benê restou à fama de “ladrão” de músicas, quando eles inauguraram um modelo que se tornaria comum com outros nomes importantes da música como Lennon e McCartney ou Roberto e Erasmo Carlos. Tendo vivido apenas 55 anos, Benedito Lacerda (1903-1958) é, sem dúvida, importantíssima figura resgatada neste projeto patrocinado pela Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Gravou com todas as grandes estrelas da música popular brasileira da época e tocou em mais de mil gravações, entre autor e intérprete. 83 faixas integram os quatro discos desta primeira caixa. Tendo sido provavelmente o primeiro empresário da música brasileira, enxergando a música como profissão e acabando, por exemplo, com a figura do bêbado no regional, do músico desalinhado ao se apresentar em programas de rádio ou shows - como bem gostava de frisar Jacob do Bandolim -, Benedito Lacerda tem sua obra reeditada de forma pouco preocupada com o mercado: para os produtores, há a necessidade de despertar o interesse dos jovens pela música brasileira, independentemente da idade desta, mas há o interesse em preservar essa obra. Homero Lolito, engenheiro de som que conduziu o tratamento técnico das gravações que compõem “Benê, o flautista”, explica que “optou-se por manter a máxima integridade sonora dos instrumentos e das vozes originais. (...) Então optamos pelo chiado”. O projeto de resgate da obra musical de Benedito Lacerda deve ter continuidade em breve, com o lançamento das outras duas caixas, “Benê, o criador” e “Benê, o fazedor”, abordando outras facetas deste importante, curioso e polêmico personagem da música brasileira. www.ig.com.br
O pianista dinamarquês Thomas Clausen conta com uma sólida carreira na Europa com 16 discos lançados. No Brasil, o músico se apresenta no formato de quinteto, batizado de Maritaca. No grupo estão Afonso Correa (bateria), Fernando de Marco (contrabaixista), Teco Cardoso (saxofone e flauta) e Léa Freire (flauta). A apresentação conta com composições próprias, além de músicas de Léa Freire, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. O projeto Sesc Instrumental é dedicado à música instrumental em suas diversas vertentes e acontece periodicamente nas unidades do Sesc em São Paulo. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Sesc Paulista uma hora antes do início. Clique aqui para assistir ao vivo ao show, que será transmitido em tempo real a partir das 19h. Depois da apresentação, o pianista participará de um bate-papo com os internautas, das 20h às 21h. www.ejazz.com.br SESC Avenida Paulista Léa Freire e Teco Cardoso se unem ao dinamarquês Thomas Clausen Brazilian Trio, formam o Maritaca Quintet e lançam o CD Waterbikes Sesc Avenida Paulista Léa Freire une-se ao dinamarquês Thomas Clausen no Maritaca Quintet
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